No primeiro discurso público após deixar o governo, o ex-presidente falou para uma organização estudantil de extrema direita, em Miami, nos EUA
Em primeiro discurso público após deixar o governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (3/2), que está recarregando as baterias e “não desistirá do Brasil”. A fala ocorreu durante um evento em Miami chamado “Power of the People”, organizado pelo Turning Point USA, organização estudantil de extrema direita.
“Nós não desistiremos do Brasil. Recarrego as minhas baterias em momentos como esses. A cada dia que passa, sou mais apaixonado pelo Brasil”, continuou ao som de “nossa bandeira jamais será vermelha”, “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” e “2026”, entoado por apoiadores presentes no evento.
Ainda na tarja utilizada no vídeo para identificar a presença de Bolsonaro, o intitularam como “presidente do Brasil”.
Bolsonaro comparou sua antiga equipe do primeiro escalão do governo com a escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aproveitou para elogiar a esposa, Michelle Bolsonaro.
Na economia, o ex-presidente citou auxílios sociais realizados em sua gestão, além do barateamento do preço da gasolina. Em um tom saudosista, destacou que com mais quatro anos no Poder, o país subiria no ranking do PIB mundial.
“Os nossos números comprovam que o país mais quatro anos conosco tinha tudo para subir mais alguns rankings do PIB mundial”.
Sem citar Lula, disse “ter certeza que o Brasil não se acaba com o atual governo” e apontou “ter consciência de que fez o melhor”.
“Tenho fé, acredito no Brasil e tenho certeza que o Brasil não se acaba com o atual governo. Por vezes, eu perguntava ‘Meu Deus, o que eu fiz para merecer um sacrifício como esse (Ao ser eleito)? Depois, comecei a mudar. ‘Meu Deus, muito obrigada por essa oportunidade’. Não há maior satisfação do que a do dever cumprido. Ter a consciência de que fizemos o melhor”, completou.
Ainda em tom negacionista sobre a saúde e a pandemia de covid-19, disse ter “aguardado com muita apreensão os efeitos colaterais” da vacina, que salvou milhões de vidas pelo mundo.
(Fonte: Correio Braziliense)