O general Walter Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa e vice na chapa de candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o chefe do Executivo está curado de um ferimento na perna e deve retomar suas aparições públicas em breve.
“Deve voltar logo, já recuperou da infecção, tá tudo bem”, falou hoje em conversa rápida com jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, conforme publicado pela Folha de S. Paulo. O ex-ministro não informou uma data para o retorno de Bolsonaro.
Desde o resultado da eleição presidencial, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu, o mandatário apareceu e falou pouco. Aliados dizem que Bolsonaro está “abatido” e “ainda assimilando a derrota”, além de estar tratando uma ferida na perna.
Após a derrota nas urnas, o presidente levou 44 horas para se pronunciar pela primeira vez, em 1º de novembro. Um dia depois, ele publicou nas redes sociais uma gravação de 2 minutos e 40 segundos, em que pediu para caminhoneiros liberarem as rodovias.
Até as visitas do mandatário ao “cercadinho”, local que concentrava seus apoiadores e por onde Bolsonaro passava quase diariamente, sumiram desde então.
As redes sociais também esvaziaram e as tradicionais lives das quintas-feiras ficaram abandonadas. No Twitter, constam apenas 3 postagens desde a derrota: uma é o vídeo dele falando sobre os caminhoneiros, outra é apenas uma foto e a terceira é uma lista de outras redes sociais que serão “atualizadas diariamente”. Seu Instagram repete os dois primeiros posts, enquanto o Facebook possui todos esses conteúdos e uma transmissão ao vivo do pronunciamento após a derrota nas urnas.
Antes dependente de redes sociais bem estabelecidas, o presidente agora promete mais publicações no Telegram (que já era usado por sua equipe) e aposta no LinkedIn, TikTok, Kwai, Gettr e um aplicativo próprio, batizado de Bolsonaro TV, para se comunicar com seu público.
O movimento é semelhante ao do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que criou a própria rede social, a Truth Social, após ser banido das plataformas tradicionais.
Fonte: UOL