Os ganhos para o pecuarista, para o setor industrial e para o Estado, principalmente econômicos, com a abertura de novos mercados consumidores, decorrentes da suspensão da vacinação contra a Febre Aftosa, são inquestionáveis e coloca Rondônia no ranking brasileiro dos maiores potenciais exportadores de carne bovina. Contudo, para manter-se como área livre de Febre Aftosa sem vacinação, resultado da parceria entre Estado e setor produtivo, Rondônia precisa que o pecuarista fique ainda mais atento e mantenha as informações atualizadas sobre seu rebanho.
Para possibilitar ao Governo do Estado uma vigilância eficiente e efetividade no controle do trânsito de animais, afim de impedir possíveis casos da doença, apesar de não precisar vacinar, o produtor deverá, periodicamente, cadastrar seus rebanhos de bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos junto a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron). “Nesse primeiro semestre de 2020, o prazo para cadastro de rebanhos vai de 1° a 31 de maio”, salientou o coordenador técnico da Agência, Walter Cartaxo.
De acordo com levantamento divulgado em 2019, referente ao rebanho de bovinos e bubalinos, cerca de 14 milhões de cabeças devem ser declaradas. “O produtor que deixar de cadastrar o rebanho sofrerá sanções e poderá ser impedido, mesmo que temporariamente, de comercializar o gado”, alertou Cartaxo.
POTENCIAL ECONOMICO
Anualmente, a Idaron emite uma média de 700 mil GTA’s (Guia de Transporte Animal), das quais 160 mil são para abate de bovinos, o que representa uma média anual de mais de dois milhões de animais abatidos em Rondônia. Em 2019, foram emitidas 711 mil GTA’s, com média de abate de 2,5 milhões de cabeças, número que superou o ano anterior (2018), quando foram abatidos 2,4 milhões de animais.
(SecomRO)