A Companhia de Mineração de Rondônia (CMR), empresa do Governo do Estado, atendeu no ano de 2020 a 1.879 produtores, entre grandes, médios e pequenos, em todas as regiões. Atravessando uma fase positiva, a CMR terá brevemente condições de atender em maior escala as demandas de consumo dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, e até mesmo de países como a Bolívia e o Peru, ambos carentes desse insumo.
Mesmo não vendendo diretamente a compradores naqueles países, a diretoria da empresa soube que seu calcário já chegou nessas localidades, pelas mãos de terceiros. “As jazidas de calcário em Rondônia têm tempo estimado de exploração de 280 anos, temos o melhor produto da região Norte brasileira”, comenta o diretor administrativo, Aníbal de Jesus Rodrigues.
Além de aumentar a produção e o fornecimento de calcário no Estado, a CMR exerce o papel de reguladora do preço desse insumo. “Se viesse dos concorrentes privados, o preço seria superior a R$ 180 a tonelada”, assinala.
“Calcário aplicado no chão é certeza de grande produção”, diz com entusiasmo o presidente da companhia, Euclides Nocko. Segundo ele, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) transporta o produto gratuitamente à porta de cada propriedade contemplada, vendendo-o em parte subsidiado.
O produtor agrícola rondoniense paga atualmente R$ 70 por tonelada de calcário fornecido pela CMR. No ano passado, via Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), 764 pequenos produtores foram atendidos com 23 mil toneladas.
A CMR foi criada no início dos anos 1980 pelo ex-governador Jorge Teixeira de Oliveira, durante a fase áurea dos garimpos de ouro do rio Madeira. Atualmente, em jornadas de 18 horas diárias, a usina Félix Fleury está situada entre os municípios de Pimenta Bueno e Espigão d’Oeste. Sua exploração e produção de calcário era quase insignificante até 2015. Não passava de 45 mil toneladas ao ano. Na reestruturação de suas atividades, melhorando a estrutura de suas plantas industriais, chegou a beneficiar 110 mil toneladas em 2016.
“No governo do coronel Marcos Rocha, a empresa constituiu nova diretoria e novo modelo de atuação”, observam os diretores Euclides Nocko e Aníbal Rodrigues, lembrando que “em 2019 conseguimos saldar os débitos, renegociar alguns deles, reestruturar o parque industrial, e em 60 dias alcançamos 42 mil toneladas”, lembra Aníbal.
De acordo com Nocko e Rodrigues, a CMR tem atualmente certidões negativas, contas em dia e saldo em caixa, podendo projetar 2021 com boas perspectivas.
RECORDE DE PRODUÇÃO
Segundo os representantes da CMR, o novo modelo de gestão foi aplicado e em 2020 o governador orientou a diretoria a contratar emergencialmente uma empresa do setor privado que trabalhou durante seis meses na reorganização da exploração e retirada do calcário sob a supervisão e controle da Companhia.
“Mesmo 2020 sendo um ano atípico, somado ao deterioramento da planta, a empresa conseguiu beneficiar aproximadamente 180 mil toneladas, batendo o recorde de todas as suas fases”, observou Nocko.
Em assembleia geral no último dia 11 de março, a empresa projetou um aumento considerável para 2021, quando a produção de calcário deverá subir para aproximadamente 300 mil toneladas ao ano. (SecomRO)