BOLSONARO EM RONDÔNIA
Nos dias 25 e 26 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve em Rondônia. Ele veio ao estado com a finalidade de fazer campanha para alguns candidatos a prefeitos e vereadores. Bolsonaro visitou Ji-Paraná e participou de um evento de campanha do candidato Afonso Cândido (PL). Após o ato, ele foi a Jaru e também fez campanha para o candidato Patrick Faelbi, que também é do PL. Nos municípios de Ouro Preto do Oeste, Ariquemes e Porto-Velho, Bolsonaro fez campanha para Alex Testoni (UNIÃO BRASIL), Carla Redano (UNIÃO BRASIL) e Mariana Carvalho (UNIÃO BRASIL). A vinda de Bolsonaro ao estado não deve fazer muita diferença nas campanhas em Ariquemes, Ouro Preto e Porto-Velho, porque os candidatos que ele apoia nesses municípios são considerados favoritos na disputa. Alex Testoni e Carla Redano disputam a reeleição e devem vencer com facilidade as eleições de 6 de outubro, já que seus adversários não conseguiram organizar uma estrutura de campanha que pudesse ameaçar a vitória dos prefeitos que ocupam o cargo atualmente. No caso de Porto-Velho, Mariana Carvalho é considerada favorita para garantir uma vaga no segundo turno, porque ela é a candidata do atual prefeito, Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha.
CANDIDATOS FRUSTRADOS
Quando a vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro foi anunciada em Rondônia, vários candidatos a prefeitos e vereadores do PL se organizaram em caravanas e foram ao município de Ji-Paraná em busca de gravar vídeos com a fala do ex-presidente em apoio as suas candidaturas. Porém, Bolsonaro parecia ter sido orientado para não atender os candidatos e durante o tempo que esteve em Ji-Paraná apareceu ao lado apenas do deputado Afonso Cândido, candidato a prefeito do município. Os demais candidatos tiveram que se juntar no meio da multidão e sofreram com o anonimato. No caso do candidato Celso Popó, que disputa a eleição pelo PL em Cacoal, ele tinha a esperança de obter do ex-presidente a gravação de um vídeo em que Bolsonaro fizesse campanha, já que a direção estadual do PL cancelou a visita de Jair Bolsonaro aos municípios de Presidente Médici e Cacoal, exatamente dois municípios que possuem candidatos do PL a prefeito e vice-prefeito. Decisão muito estranha da cúpula estadual do PL, porque eles levaram o ex-presidente para vários municípios onde o PL não tem nenhum candidato a prefeito, como é o caso de Ouro Preto, Ariquemes e Porto Velho. Nesses municípios, Bolsonaro esteve para apoiar os candidatos do União Brasil, ligados ao governador Marcos Rocha e adversários do senador Marcos Rogério, presidente do PL no estado.
SEGUNDO TURNO
A candidata Mariana Carvalho trabalha para tentar vencer a disputa eleitoral em Porto Velho ainda no 1º turno, que acontece em 6 de outubro. Como ela tem um grupo de apoio muito grande, conseguiu organizar uma sólida estrutura de campanha, mas, caso não vença no 1º turno, a situação ficará bem indefinida. Porto +.Velho é a única cidade de Rondônia que pode ter o segundo turno das eleições, porque isto acontece nos municípios que possuem mais de 200 mil eleitores e quando o primeiro colocado tem uma quantidade de votos menor do que os demais candidatos. Em Porto Velho, há 7 candidatos na disputa pela prefeitura. Sendo assim, Mariana Carvalho precisa ter um voto a mais do que todos os outros juntos. No caso do segundo turno, o cenário da eleição costuma mudar muito, porque a briga passa a ser entre dois candidatos apenas, com o mesmo tempo de rádio e TV e numa situação em que pode ser diferente do primeiro turno. Caso Mariana Carvalho não vença a eleição no primeiro turno e não consiga trazer para seu grupo os candidatos que ficarem fora da disputa, ela vai precisar suar a camisa nas ruas da capital.
EYDER BRASIL
A eleição para prefeito no município de Ji-Paraná está bem indefinida, neste momento, e muita coisa pode acontecer até o dia da eleição. Assim, não se pode afirmar quem seria favorito na briga pela prefeitura. Entretanto, pelo menos uma pessoa deve estar muito ansiosa. Trata-se do ex-deputado Eyder Brasil que foi derrotado nas urnas em 2022 e atualmente é suplente do deputado Afonso Cândido. Caso Afonso Cândido seja o vencedor em Ji-Paraná, Eyder Brasil voltaria ao mandato de deputado estadual. Eyder Brasil teve um mandato sem grande expressão, quando foi deputado estadual e acabou derrotado nas urnas, quando tentou a reeleição. Agora ele sonha em voltar à Assembleia Legislativa, caso a população de Ji-Paraná eleja o deputado Afonso Cândido a prefeito. Como não há a possibilidade de segundo turno nos municípios do interior de Rondônia, Eyder Brasil certamente estará de olho na apuração dos votos em Ji-Paraná. Nas eleições deste ano, os demais deputados estaduais resolveram não disputar as eleições em seus municípios.
DEBATE NA TV
Neste domingo, 29 de setembro, está previsto acontecer um debate na TV envolvendo os candidatos a prefeitos de Cacoal. O primeiro debate, ocorrido dias atrás em Cacoal não empolgou muito a população, porque ficou marcado pelos ataques entre o atual prefeito Adailton Fúria e Celso Popó. Almir Suruí teve uma participação mais discreta e não entrou na briga entre os demais concorrentes. Quem assistiu ao debate avalia que o atual prefeito levou vantagem, provavelmente porque seus adversários não se prepararam o suficiente. Assim, o debate deste domingo pode apresentar alguma surpresa, mas também pode ser uma continuidade dos conflitos que aconteceram no primeiro debate. A população de Cacoal certamente espera que os candidatos apresentem propostas de governo e mostrem com clareza de que maneira querem governar o município. Ainda existe uma pequena parcela de eleitores que gostam dos debates onde os candidatos adotam a estratégia de apenas atacar seus adversários, mas a grande maioria dos eleitores querem mesmo e saber de propostas, ideias e projetos para o município.
PROPAGANDA ILEGAL
Esta semana, a Justiça Eleitoral determinou a retirada de uma grande quantidade de placas com propagandas de candidatos em todas as ruas de Cacoal e também nas linhas rurais. A retirada do material aconteceu porque todas as placas e cartazes foram colocados pelos candidatos em locais que a legislação eleitoral não permite, situação que pode causar multa para quem insistir em colocar propaganda ilegal. Muitos candidatos disseram que estão surpresos com a situação, mas a Justiça Eleitoral apenas cumpre a lei. Os candidatos e seus assessores deveriam saber que não é permitida a propaganda ilegal e a lei que trata do assunto é de 1997. Como as multas eleitorais são pesadas, dificilmente os candidatos que tiveram as propagandas ilegais retiradas vão tentar colocar novas placas e cartazes em lugares que a lei não permite. Isto será importante para diminuir a população visual no município e para melhorar as condições de visibilidade no trânsito, já que a visibilidade em muito lugares estava comprometida com a propaganda eleitoral irregular. Certamente a decisão da Justiça Eleitoral, em caso de reincidência será a aplicação de multas cujos valores são muito altos e podem causar grandes prejuízos aos candidatos que não cumprirem a legislação.
AGRESSÃO NA ESCOLA
A violência nas escolas de Rondônia voltou a causar novas vítimas. Esta semana, uma professora foi agredida de forma violenta numa escola de Porto Velho. Conforme divulgado em diversos canais de televisão, uma mãe entrou na escola em busca de informações sobre seu filho e não teria ficado satisfeita com as informações recebidas. Em um ato de pura violência, ela atacou a orientadora escolar e a vice-diretora da escola, causando sangramento no rosto de uma das vítimas. As cenas são chocantes e mostram a falta de segurança e o risco que os profissionais de educação enfrentam em seus locais de trabalho. Caso a mãe do aluno tivesse entrado na escola armada, uma tragédia poderia ter ocorrido no estado e não é possível avaliar como ficaria a situação. Em diversas ocasiões, os deputados estaduais e outras autoridades fizeram muitas promessas sobre a segurança dos trabalhadores da educação nas escolas de Rondônia, mas nenhuma medida foi adotada até hoje. Os casos de agressões verbais contra professores e demais funcionários de escolas são muito comuns em Rondônia, embora nem sempre sejam divulgados. Certamente, as autoridades esperam que uma tragédia aconteça, para tomar alguma medida.
CLIMA DE TENSÃO
O clima de tensão na campanha eleitora começa tomar conta do ambiente. Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Cacoal, realizada na última segunda-feira, o vereador Paulo Henrique usou a tribuna da Casa de Leis para falar que tem sofrido diversas ameaças que partem de adversários políticos. Segundo o vereador, ele recebeu informações de que seus adversários estariam planejando colocar drogas no seu gabinete, em sua residência ou seu carro. O vereador não declarou suas fontes de informação, mas afirmou que já procurou as autoridades competentes para tratar do assunto. O presidente da Câmara de Cacoal, Valdomiro Corá informou que vai adotar as medidas cabíveis para que o vereador tenha a segurança necessária em seu gabinete e possa conduzir o mandato com tranquilidade. Corazinho também destacou que tem informações sobre as ameaças recebidas pelo vereador Paulo Henrique desde as investigações sobre o desvio de combustíveis em algumas secretarias municipais. É lamentável que esse clima de ameaças aconteça numa cidade tão tranquila como Cacoal. Esse tipo de conflito pode causar prejuízos para a população a o município não merece ações de violência contra quem quer que seja.
ÚLTIMA SEMANA. PELO MUNICÍPIO OU PELO SALÁRIO?
A partir de amanhã, a campanha eleitoral entra na reta final. Todos os candidatos irão colocar sua total determinação e acionar suas equipes em busca de votos. Até este momento, ainda existem muitos eleitores que não decidiram em quem votar, principalmente para o cargo de vereador. Assim, essa arrancada final é fundamental para que os candidatos consigam conquistar novos eleitores, porque a disputa por uma cadeira na Câmara Municipal de Cacoal este ano está muito acirrada. Há uma lista de excelentes nomes novos na disputa e isso pode promover grandes mudanças na composição do poder legislativo. Na eleição de 2020, 10 novos vereadores foram eleitos, o que representa uma mudança significativa na troca de cadeiras. Desde a posse dos vereadores em 2021, até hoje, a Câmara Municipal tem sido duramente criticada nas redes sociais, principal pela ocorrência de muitas brigas pessoais. A tendência é que haja também muitas mudanças nas eleições deste ano, porque os eleitores querem ir às urnas para dar uma resposta aos vereadores que não corresponderam às expectativas e que nada fizeram para melhorar a vida dos cacoalenses. A vontade de mudança é muito visível. E uma pergunta corre solta em Cacoal. Esses quase 160 candidatos a vereador, estão em busca de uma cadeira no parlamento municipal, pensando no bem que podem fazer pelo município ou em busca dos mais de 10 mil reais por mês que fará muito bem para o seu bolso? Fica a pergunta, pesada, grossa, mas, uma pergunta que todos fazem! Aqui, espaço para a resposta de cada um.