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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Coluna Boca Maldita –  FILOSOFIA NA ESCOLA

 FILOSOFIA NA ESCOLA

Um trabalho desenvolvido pela professora Patrícia Tenório Rodrigues, com os alunos da Escola Estadual Frei caneca, no município de Cacoal, revelou resultados muito positivos. Ela propôs aos seus alunos do 9º ano da disciplina de Filosofia que fosse realizado um piquenique e que cada aluno levasse a comida que mais lembrava sua infância. A ideia surgiu a partir de um texto voltado para as atividades da disciplina, relacionado com a infância das pessoas. A proposta foi prontamente aceita pelos alunos e os resultados não foram mera escolha de um dia para uma alimentação saudosista. A ideia representa uma possibilidade concreta de resgatar valores sociais e de integrar a comunidade, visando que os alunos reconheçam sua história, suas origens e o compromisso de consolidar os fundamentos de convívio social e democracia. A iniciativa contou com o apoio da Equipe gestora e serve de estímulo para fortalecer nos alunos o espirito de solidariedade, partilha e empatia. É necessário que este tipo de exemplo seja seguido por outras instituições de ensino, objetivando que os alunos tenham a formação sólida que necessitam para a vida em sociedade. Parabéns à professora Patrícia Tenório e aos alunos, pela belíssima iniciativa!!

MARCOS ROCHA

O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria decidiu revelar apoio ao governador Marcos Rocha nesta reta final da campanha. Até o momento, muitos eleitores imaginavam que o prefeito manifestaria seu apoio ao candidato Leo Moraes, que possui ligações fortes com o grupo político de Adailton Fúria em Cacoal. Outro fato que não indicava o apoio do prefeito para o atual governador é que, desde o início do mandato, diversos aliados muito próximos ao prefeito faziam constantes críticas ao atual chefe do executivo estadual e o próprio prefeito se manifestou diversas vezes e reclamou da administração estadual. Porém, esta semana, após uma visita do coronel ao Município de Cacoal, Adailton Fúria gravou vídeos para as redes sociais e disse que o prefeito é seu candidato e que Marcos Rocha representa o melhor caminho para Cacoal crescer. Os aliados do prefeito que estão na campanha de adversários do governador certamente ficaram surpresos com a decisão do prefeito, mas não existem novidades em campanhas políticas.

RETA FINAL

Os candidatos que estão na disputa por todos os cargos nas eleições deste ano entraram na reta final da campanha. Nos últimos dias, todas as campanhas ganharam novo gás em função de recursos repassados pelos partidos para garantir a intensificação das ações nestes últimos dias. A partir de segunda-feira, teremos apenas uma semana para a data das eleições e a disputa tende a ficar muito mais acirrada em todos os municípios de Rondônia. Os candidatos e seus apoiadores organizam carreatas, reuniões, comícios e visitas às residências, bairros e linhas rurais de todos as cidades. Em Cacoal, a disputa envolve diversos nomes com excelentes possibilidades de vencerem as eleições. Para o cargo de deputado estadual, a expectativa é que pelo menos dois ou três candidatos de Cacoal sejam eleitos. Quanto à disputa por uma cadeira na Câmara Federal, o município tem 13 candidaturas e todos se movimentando muito, inclusive em municípios vizinhos. Como Cacoal é um dos maiores municípios do estado em número de eleitores, muitos candidatos de outras regiões do estado também buscam encontrar apoio de cabos eleitorais na Capital do Café. Em todas as eleições milhares de cacoalenses votam em muitos candidatos de outros municípios.

AQUECIMENTO DA ECONOMIA

Além da acirrada disputa pelas vagas, as eleições deste ano também servirão para promover um bom aquecimento da economia, porque praticamente todos os candidatos que disputam as eleições receberam recursos do Fundo Partidário. Segundo informações disponibilizadas pelo site do Tribunal Regional Eleitoral, até esta data, mais de 150 milhões de reais foram repassados pelos partidos aos seus candidatos. Escritórios de contabilidade, advogados, marqueteiros, profissionais do setor gráficos, locadoras de veículos, estúdios e muitos outros serviços foram contratados pelos candidatos, além de centenas de pessoas que fazem o chamado trabalho de formiguinhas na divulgação dos candidatos e distribuição de material. Em anos anteriores, muitos candidatos alegavam falta de recursos para fazerem suas campanhas, mas este ano a situação tem sido muito favorável. Em muitos casos, tudo dependerá apenas de organização dos candidatos, mas não haverá escassez de recursos.

SENADO FEDERAL

A eleição para senador deve ser a mais disputada dos últimos anos em Rondônia. Com várias candidaturas de peso no estado, o cenário indica uma disputa muito equilibrada para a única cadeira disponível este ano. Alguns dos candidatos receberam valores significativos e isto pode acirrar ainda mais o equilíbrio da disputa nos dias que faltam para a eleição. Além disso, nas ruas dos principais municípios do estado, há um número muito grande de eleitores que se declaram indecisos, em relação ao voto para senador, criando um clima de espaço ainda muito aberto para a briga senatorial. Há candidaturas com boa visibilidade na capital do estado, mas pouco divulgadas no interior, fato que indica uma divisão territorial dos votos para senador. Embora haja enquetes ou até mesmo pesquisas sobre a disputa pelo senado, o momento da campanha evidencia outra realidade. O número de pessoas que afirmam estar indecisas é grande e isto pode provocar um resultado surpreendente no dia 02 de outubro. O que se pode dizer hoje é que a disputa para senador está completamente aberta em Rondônia.

SUCESSÃO ESTADUAL

A disputa pela sucessão estadual tem uma realidade muito parecida com a disputado ao senado. Todas as análises feitas por diversas pessoas do mundo político rondoniense indicam que a eleição de governador somente será definida no segundo turno, a não ser que algo muito impactante aconteça na última semana de campanha, o que é improvável, até este momento. Até mesmo uma pesquisa realizada pelo IPEC (antigo IBOPE), sobre a eleição de governador no estado de Rondônia, aponta para uma definição somente no segundo turno. Os próprios candidatos ao cargo de governador e suas equipes de campanha já se preparam para evitar confrontos desnecessários no primeiro turno, com a clara finalidade de buscar alianças após a primeira fase da disputa. Em se confirmando as expectativas das análises para o primeiro turno, é necessário que os candidatos saibam que no segundo turno a história é muito diferente e ganha uma dinâmica em que a paciência e as boas articulações podem ser decisivas.

CENÁRIO NACIONAL

As eleições em Rondônia ficam muito mais indefinidas quando se analisa o cenário nacional da campanha, porque a eleição presidencial terá forte influência em nosso estado. Caso a eleição de presidente seja definida em primeiro turno, a realidade será uma. Mas havendo o segundo turno para a eleição presidencial, o que também pode acontecer, Rondônia estará no meio do furacão eleitoral. Se os candidatos alçados ao segundo turno em Rondônia tiverem no palanque os candidatos a presidente, a disputa rondoniense pode ser histórica. Isto porque, o candidato Daniel Pereira é oficialmente o candidato de Lula, mas o atual governador e o senador Marcos Rogério se declaram candidatos do presidente Bolsonaro. Leo Moraes se esforça para não ser identificado como aliado de nenhum dos dois, mas ele também poderá alcançar uma vaga no segundo turno. Nesta disputa, resta saber de que lado estarão os candidatos que não chegarem ao segundo turno em Rondônia. O mais provável hoje é que o atual governador garanta uma das vagas, mas não existem informações seguras para dizer quem seria seu adversário no segundo turno. Assim, Rondônia poderá viver acordos e articulações que não são esperadas hoje pelos eleitores. Por enquanto, podemos dizer que, em política, não existem acordos impossíveis.

PRESIDENTES E GOVERNADORES

Não é novidade para ninguém que o presidente Jair Bolsonaro é o candidato a presidente com mais possibilidades de vencer a disputa no estado e isto até os políticos e militantes da esquerda sabem muito bem. Resta saber se o presidente da república estaria disposto a subir em algum palanque no estado, caso os adversários do segundo turno em Rondônia sejam candidatos bolsonaristas. Além disso, há dois cenários possíveis: uma coisa é o presidente vencer em Rondônia. Outra coisa é não vencer a eleição nacional. A dúvida é saber se ele viria ao estado, mesmo disputando o segundo turno com Lula, caso os adversários em Rondônia sejam dois bolsonaristas. Um terceiro cenário seria Jair Bolsonaro perder as eleições já no primeiro turno. Será que ele estaria disposto a vir ao estado? O quarto cenário seria Bolsonaro vencer Lula no primeiro turno e ter em Rondônia, por exemplo, o atual governador e o senador Marcos Rogério disputando a eleição no segundo turno. Um quinto cenário seria Daniel Pereira no segundo turno, com Lula eleito no primeiro turno. Nenhuma dessas possibilidades está descartada e podem surgir outras. A eleição de governador em Rondônia nunca esteve tão vinculada à eleição de presidente da república.

PESQUISAS ELEITORAIS

Nestes últimos dias da campanha, começaram a surgir algumas “pesquisas” para deputados estaduais ou federais em Rondônia, mas o eleitor precisa estar muito atento, porque algumas delas representam verdadeiros absurdos. Recentemente circulou nas redes sociais em Cacoal uma pesquisa indicando que apenas seis candidatos de Cacoal teriam, juntos, mais de 50 mil votos no município. Esse tipo de pesquisa não merece nenhum confiança, porque os números oficiais tornam esses resultados impossíveis. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral, Cacoal tem pouco mais de 66 mil eleitores aptos a votarem este ano. Para se ter uma ideia, nas eleições de 2018, o município tinha um número de eleitores um pouco abaixo deste e tivemos pouco mais de 40 mil votos válidos na Capital do Café. O número de eleitores aumentou no município, mas o aumento não chegou a 8 mil votos. Assim, é matematicamente impossível que os resultados dessas “pesquisas” sejam confirmados. Ainda nas eleições de 2018, mais de 10 mil eleitores votaram em candidatos de outras cidades, o que diminui a conta. É por isso que os institutos sérios evitam divulgar pesquisas sobre deputados estaduais, porque os resultados são improváveis.

PARA REFLETIR:

Antes das eleições os candidatos têm muitos predicados, mas é depois que se conhece o sujeito”. (Rutra Larama)

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