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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Coluna Boca Maldita – MANOBRAS E ILEGALIDADES

ANIVERSÁRIO DE CACOAL

Hoje é um dia de festa! É o aniversário de emancipação política e administrativa de Cacoal. A Capital do Café completa 45 anos. Nessas mais de quatro décadas, aconteceram muitas lutas, muitos desafios, muitos obstáculos a serem superados. Mas os resultados são positivos e visíveis. Cacoal é hoje uma das principais cidades da Amazônia, um excelente lugar para viver e os índices de qualidade de vida são muito bons. Com certeza, ainda há muitas coisas para serem conquistadas e isto depende da participação de todos os cacoalenses. E não se pode negar a participação da população. Ainda há obras de infraestrutura a serem executadas, ainda precisamos evoluir para melhorar a produção agrícola e fortalecer a economia do município, mas estas conquistas acontecerão naturalmente. A cidade é formada pela história de muitos pioneiros, pela vinda de pessoas que adotaram a cidade e pelo trabalho conjunto de todos. As expectativas para a cidade crescer são muito boas, porque a população colabora e cumpre seu papel de contribuinte. Cacoal ainda ocupará um lugar de muito mais destaque no cenário rondoniense, isso é apenas questão de tempo e muito trabalho. Parabéns Cacoal, pelos 45 anos!!!!

 

SUELY ARAGÃO

A ex-prefeita de Cacoal, Sueli Aragão, visitou a cidade recentemente. Sueli foi prefeita por 08 anos em Cacoal e teve uma administração de muitas realizações. Ginásios, escolas, estradas, pavimentação asfáltica e outras ações fazem parte do currículo de realizações da ex-prefeita. Além disso, ela exerceu dois mandatos de deputada, sendo que um deles foi interrompido, quando ela foi eleita para administrar o município no ano 2000. Na visita que fez ao município, Sueli Aragão visitou amigos, colegas do mundo político, empresários e outras pessoas da comunidade. Durante as visitas que fez, Sueli Aragão foi chamada por muitas pessoas para voltar a disputar as eleições na Capital do Café, porém ela deixou claro que sua missão política em Cacoal está encerrada e que pretende seguir vivendo em Brasília e cuidar dos netos. A ex-prefeita tem razão, porque as ações a partir de agora devem ser de responsabilidade das gerações atuais e das futuras. Sueli já deu sua contribuição. Registramos nossas boas-vindas à ex-prefeita e desejamos que Cacoal siga o ritmo de crescimento sonhado por ela em seus oito anos de administração.

 

SALVEM AS MULHERES

Em Cacoal, já aconteceram muitos crimes bárbaros contra mulheres e infelizmente nem todos os autores foram punidos. Entretanto, alguns políticos preferem declarar que esses crimes acontecem pela teimosia das mulheres em conviver com seus companheiros. O problema é que as coisas não são bem assim. Quando são agredidas muitas mulheres procuram ajuda, falam com amigos, procuram a polícia, fazem denúncias, mas os crimes acabam acontecendo. A explicação é simples: Elas não encontram o apoio necessário para se livrar das agressões. É muito raro um caso de feminicídio que tenha ocorrido sem haver antes denúncias, reclamações e pedidos de ajuda das vítimas, mas muitas autoridades preferem não ouvir. É mais fácil colocar a culpa nas mulheres e dizer que elas são agredidas porque não abandonam seus agressores. Abandonar não é o problema. O problema é para onde ir, para onde fugir, quando elas não possuem emprego. Os dados estatísticos sobre crimes de feminicídio mostram claramente que não existe nenhuma razão lógica para culpar as mulheres vítimas de agressões. O problema está no fato de que muitas pessoas, entre elas vários vereadores, preferem o discurso fácil para empolgar a plateia, mas não erguem uma palha para criar os mecanismos de proteção às vítimas. É lamentável!!

 

PROMESSAS DE ASFALTO

O vereador Magnison Mota tem deixado claro que está insatisfeito com a administração do prefeito Adailton Fúria. Desde o início de 2021, o vereador declarou que havia conseguido recursos com o deputado Ismael Crispim para asfaltar todas as ruas do bairro Industrial. Magnison dizia que finalmente os eleitores teriam suas ruas asfaltadas, após muitos anos sendo enganados. Passados dois anos das promessas, as ruas continuam do mesmo jeito e ele certamente tem encontrado dificuldades para visitar as pessoas do setor e explicar por que os trabalhos não foram feitos. A verdade é que o vereador usou esses argumentos para pedir votos para o seu deputado, alegando que era o único que ajudava a cidade. Em diversas ocasiões, Magnison Mota usou a tribuna para pedir que os eleitores de Cacoal não votassem em políticos que vivem de fazer promessas, mas as promessas feitas por ele no bairro Industrial até hoje seguem sem ser cumpridas. Diante da situação, e considerando que as chuvas serão mais intensas neste fim de ano e começo do ano novo, resta saber se os moradores do bairro Industrial terão que esperar pelo próximo verão ou se as obras não vão acontecer. O normal para muitos políticos é dizer que o dinheiro já está na conta; enquanto outros dizem que a licitação não deu certo. Na prática, a Prefeitura de Cacoal não teve capacidade de fazer uma licitação em dois anos, ou os moradores estão sendo enganados. Na tribuna da Casa de Leis, o vereador disse que a população quer saber quem está mentindo. Caso as obras não aconteçam, todo mundo está mentindo e todo mundo aceitando ser enganado.

 

PRESIDÊNCIA DA CAMARA

Os vereadores de Cacoal ainda não se manifestaram publicamente sobre a eleição de presidente da Câmara de Cacoal para os dois próximos anos. Mas, nos bastidores, as negociações seguem a todo vapor. O curioso é que os mesmos vereadores que exigem transparência nas eleições presidenciais se escondem para negociar a eleição da Mesa Diretora da Casa de Leis. Embora todas as instituições que fiscalizaram as eleições digam que não houve nada de errado, os vereadores insistem que houve fraude. E por que eles não tornam transparente a eleição da Mesa Diretora? Porque criticar o vizinho é muito mais fácil. Além disso, muitas propostas que acontecem nos bastidores da eleição de Cacoal são impublicáveis e tem até vereador colocando preço no voto. Um dos vereadores tem dito que não vota nos candidatos defendidos pelo prefeito por menos de 50 mil reais. Ele alega que não sabe se será reeleito e não vai votar de graça em ninguém. Com a crise de o país vive, talvez o nobre vereador pense melhor e resolva dar um desconto, caso seu voto seja mesmo desejado por quem pretende ser o novo presidente. A eleição está prevista para o começo de dezembro e os bastidores estão bem agitados.

 

VIVENDO DE PASSADO

Vários vereadores se movimentam nos bastidores e tentam ganhar a simpatia dos demais para chegar ao cargo de presidente. Como o Regimento Interno da Câmara de Cacoal está completamente ultrapassado e possui regras que não fazem nenhum sentido, tudo precisa ser decidido antes da eleição e existe a possibilidade de muitos conflitos de interesses. O atual presidente, João Paulo Picheck, segundo o Regimento Interno dos vereadores de Cacoal, não pode ser candidato à reeleição. É a única câmara municipal do Brasil que tem essa regra e ninguém entende o motivo. Se João Paulo pode votar para presidente, por que não pode ser votado? Que coisa esquisita! Em todas as assembleias legislativas do Brasil, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, os presidentes podem ser reeleitos sem problema algum. Isso acontece porque somente a Câmara de Cacoal não segue as normas constitucionais do país, estabelecidas pela Constituição Federal de 1988 e pelas normas eleitorais vigentes no Brasil. O Regimento Interno da Câmara de Cacoal é de 1984 e não possui nenhuma conexão com as regras atuais das casas legislativas. Por falta de uma legislação moderna e que siga as leis do país, os vereadores de Cacoal também estão entre os raros edis que possuem férias de mais de 100 dias. Os nossos vereadores falam de futuro, mas vivem num passado muito distante das pessoas normais.

 

CANDIDATOS A PRESIDENTE

Com exceção de João Paulo Picheck, todos os demais vereadores sonham com o cargo de presidente, mas nem todos possuem as condições para alcançar os objetivos. Assim, os candidatos com maior chance de vencer a disputa são Luís Fritz, Romeu Moreira e Edimar Kapiche. O problema é que todos eles sonham com o apoio e a interferência do prefeito Adailton Fúria e do vice-prefeito, que assumira em janeiro o mandato de deputado. Claro que os demais nomes não estão descartados e tudo pode acontecer até o dia da eleição. Entre as promessas de campanha, estão alguns benefícios para os vereadores e o contribuinte de Cacoal já pode se preparar para pagar diárias mais gordas aos vereadores a partir de janeiro. Em resumo, os candidatos a presidente da Casa de Leis querem contar com o bolso do contribuinte para ganhar votos para a presidência. Como o contribuinte adorar bancar essas farras, com certeza, não vai se importar de melhorar um pouco a renda dos nossos representantes, principalmente porque esse salário de 10 mil reais que eles recebem é uma mixaria e os vereadores trabalham de sol a sol. As casinhas do Vale Verde continuam inacabadas, a obra do Hospital Municipal continua abandonada e a reforma da rodoviária continua sendo apenas discurso de campanha, mas as diárias dos vereadores podem ser aumentadas para resolver o problema da eleição de presidente. Claro que os vereadores que querem ser eleitos para a presidência vão dizer para seus apoiadores que não concordam com o aumento do valor das diárias, mas isso é unanimidade na Casa de Leis.

 

MANOBRAS E ILEGALIDADES

Os vereadores de Cacoal já estão muito acostumados a atropelarem todas as leis para fazer a vontade do prefeito e isto todo mundo sabe. Em breve, eles se preparam para ignorar as leis mais uma vez. A questão é que o prefeito Adailton Fúria quer usar uma regra de teste seletivo antiga e de outra secretaria para contratar pessoas que irão trabalhar na Casa do Autista. A manobra é totalmente ilegal, mas o prefeito alega que precisa atender as famílias de autistas do município. Não precisa cometer ilegalidades para atender os autistas. Eles já esperaram meses pela inauguração desta casa. Não custa nada, a Administração Municipal cumprir as leis e resolver o problema sem artifícios ilegais. Basta fazer um novo procedimento para as contratações. As famílias de autistas saberão entender. O que não pode é os vereadores fazerem maracutaias desnecessárias para aprovar coisas ilegais. O Ministério Público de Cacoal precisa ficar mais atento com as manobras dos vereadores e da administração municipal e exigir deles o cumprimento das leis vigentes. No fim das contas, essa maracutaia pode acabar sendo barrada pelos tribunais e os autistas terão muito mais prejuízos. E já vimos esse filme, quando aconteceu algo semelhante com o sorteio das casas populares. Os vereadores que tanto pregam a decência e a transparência não podem fazer esse tipo de jogo sujo.

 

EXPEDITO NA TRANSIÇÃO

O deputado Expedito Neto foi convidado pela equipe do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, para integrar a equipe de transição. O setor para o qual ele recebeu o convite é o da tecnologia e informação. É muito importante que pessoas de Rondônia tenham a oportunidade e a possibilidade de estarem próximas ao novo governo, porque o estado precisa contar com os investimentos do governo federal. Expedito Neto disputou as eleições de outubro, mas acabou derrotado nas urnas e ficará sem mandato a partir de janeiro. Como ele possui bom trânsito em Brasília, mesmo sem o mandato, poderá ser um elo de ligação com os poderes da República e nosso estado não pode abrir mão de ter pessoas no poder. Um exemplo disso é o caso do ex-deputado federal Nilton Capixaba que, mesmo depois de perder o mandato ainda seguiu conseguindo muitos recursos para Rondônia. Grande parte dos benefícios que Cacoal recebe hoje ainda são resultantes da atuação do Capixaba e isso não podemos negar. Recentemente foi anunciada uma obra no distrito do Riozinho e os recursos foram conseguidos pelo ex-deputado Capixaba. Assim, torcemos para que Expedito Neto também tenha sucesso, como membro da equipe de transição do novo governo.

 

PARA REFLETIR

 

“É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota”. (Theodore Roosevelt)

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