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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Coluna BOCA MALDITA – Sonhos Frustrados

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SITUAÇÃO COMPLICADA – Esta semana começou agitada nos corredores dos principais gabinetes do Governo de Rondônia. O motivo do agito foi a decisão do Tribunal de Justiça de Rondônia de afastar do cargo, por seis meses, Júnior Gonçalves, o Chefe de Casa Civil do governador Marcos Rocha. Segundo as informações que foram passadas oficialmente, o chefe da Casa Civil é suspeito de liderar um esquema de favorecimento a grandes grupos de comunicação de Rondônia. Como a investigação está no começo e como não foram revelados muitos detalhes da operação policial, vamos aguardar maiores informações.   Gisele Viana, que era secretária adjunta da Casa Civil, assume o cargo interinamente. O decreto foi publicado no meio da semana. O Tribunal de Justiça de Rondônia também determinou a apreensão do celular do secretário e outros equipamentos tecnológicos como computadores. Caso a investigação aponte o envolvimento do secretário com alguma irregularidade, a situação política do governo vai ficar complicada, porque Junior Gonçalves é  pessoa muito influente do governo.  

FALTA DE AMBULÂNCIA – Na sessão da última segunda-feira, o vereador Ezequiel Câmara (Minduim) usou a tribuna para criticar as pessoas que fazem críticas contra o HEURO e o Hospital Regional de Cacoal. O vereador do Riozinho declarou que ficar atirando pedras, sem conhecer a realidade, não é o caminho. Minduim informou que visitou a Diretora do HEURO para saber a verdade sobre a realidade do hospital. Segundo o vereador, a diretora da unidade informou que não é tão difícil conseguir agendar exames e internações de pessoas de Cacoal em hospitais da capital e que isto não é o maior problema. Ela explicou ao vereador que o grande problema é que Cacoal não possui ambulância e que, por esta razão, é complicado transportar pacientes para a capital. Vale lembrar que Pimenta Bueno possui quatro ambulâncias novas com equipamentos de UTI. O vereador Magnison Mota, que faz duros ataques contra a direção do HEURO e Hospital Regional precisa fazer uma visita ao local, como fez seu colega de mandato Minduim. Como o vereador Magnison é muito ligado ao deputado Ismael Crispim, com certeza, ele vai pedir ao deputado que consiga alguma ambulância para Cacoal, pelo menos isso do deputado.

TELEFONES DA COVID  – O vereador Edimar Kapiche vai se consolidando como líder da administração do prefeito Adailton Fúria. Ele não possui nomeação oficial, como e ex-vereadora Maria Simões tinha, no período da gestão Glaucione Rodrigues. Esta semana, o vereador Kapiche se esforçou para explicar que os telefones do Hospital de Campanha iriam voltar a funcionar normalmente. Segundo ele, chegou a fazer um teste e a ligação foi atendida. Conforme as explicações do vereador, o que faltava era designar uma pessoa para atender as ligações. Nos últimos dias, muitas pessoas com suspeitas de covid-19 tentaram, em vão, ligar para os telefones do Hospital da Covid-19. Desde a inauguração do hospital, os vereadores sempre fizeram mil elogios, mas as pessoas que precisam de atendimento reclamavam muito da situação dos telefones. Na propaganda, dizia-se que os números estavam à disposição da população 24 horas, mas muitas vezes não funcionou,  quando pessoas ligaram. Vamos acompanhar e verificar como ficará agora, já que o vereador anunciou que vai ficar tudo certo.

SAÚDE  IMPROVISADA – O prefeito Adailton Fúria precisa tomar uma decisão urgente sobre a situação administrativa do setor de saúde pública do município. Desde os primeiros dias do mês de abril, José Pereira deixou o cargo e Thiago Tezzari assumiu a pasta de modo interino, passando a acumular a chefia do SAAE e a pasta da saúde. Na época, o prefeito declarou que a situação era temporária e em poucos dias a saúde teria um secretário nomeado para o cargo com exclusividade. Como estamos vivendo uma grave crise em função da covid-19, é necessário que o setor de saúde tenha um secretário titular e um planejamento claro sobre as ações. A situação de improviso é tão evidente que as reuniões para tratar de grupos de prioridades da vacina estão sendo coordenadas pelo próprio prefeito, quando deveriam ser conduzidas por uma equipe técnica e pelo secretário da pasta. Um município denominado como polo de atendimento às vítimas da covid-19 no estado não pode ter um secretário de saúde improvisado.

FALTA DE PLANEJAMENTO – O prefeito Adailton Fúria esteve reunido com representantes dos trabalhadores da educação, antes de vetar o projeto aprovado pela Câmara de Cacoal que trata de incluir os profissionais da educação no grupo de prioridades da vacina contra a Covid-19. A proposta do prefeito era que ele arrumava a vacina, mas os profissionais tinham que voltar às aulas presenciais logo após a primeira dose. Essa proposta dificilmente seria aceita pelos profissionais de educação, porque o fato de tomar apenas uma dose não é garantia de imunidade. O pessoal técnico do setor de vacinas deveria explicar para o prefeito que existe um espaço de dias entre a primeira e segunda dose. Além disso, os especialistas orientam que, após a segunda dose, ainda é necessário cumprir um prazo. Como existem muitas pessoas do grupo de risco na educação, com certeza, haveria um sério problema em Cacoal, caso acontecesse a volta às aulas presenciais somente com uma dose.

NOTEBOOK DA DISCÓRDIA – O vereador Valdomiro Corá solicitou, durante a sessão ordinária da Câmara de Cacoal da última segunda-feira, que a secretária da Ação Social de Cacoal, Michelle Pavani, compareça à próxima sessão da Casa de Leis para esclarecer todas as informações relacionadas com a situação do computador utilizado para realizar o sorteio das casas populares do Vale Verde. Segundo informações publicadas em diversos jornais eletrônicos, a secretária procurou a Delegacia de Polícia Federal em Ji-Paraná e entregou o computador, pedindo que uma perícia seja feita no equipamento. A solicitação do vereador Corazinho baseia-se no fato de que o tal computador ficou por vários dias em diversos lugares diferentes e não se sabe exatamente qual a real situação dos arquivos do computador. 

SONHOS FRUSTRADOS – Muitas pessoas que foram beneficiadas pelo sorteio das casinhas chegaram a acreditar que a situação estava resolvida, quando os vereadores assinaram um documento pedindo ao prefeito Adailton Fúria que enviasse um documento ao Ministério do Desenvolvimento Regional, esclarecendo que o município estaria disposto a manter o sorteio e evitar que centenas de famílias fossem prejudicadas. O prefeito teria se comprometido a enviar o documento, mas até esta semana, nada tinha sido encaminhado e o problema se arrasta desde o final do ano passado. Os vereadores Edimar Kapiche e Paulinho do Cinema chegaram a fazer uma “live” direto de Brasília sugerindo que a situação estava resolvida, mas o sofrimento das famílias continua e uma solução concreta parece muito distante da realidade. 

PROJETOS VETADOS – Nos últimos dias, o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, vetou três projetos considerados muito importantes por diversos segmentos da sociedade. Entre esses projetos, o prefeito vetou o que prevê medidas de proteção para mulheres vítimas de violência doméstica em Cacoal e vetou o projeto que incluiu profissionais da educação e outras categorias entre as prioridades para receber a vacina contra a covid-19. No caso do primeiro projeto, a administração municipal alega que a Lei Orgânica de Cacoal não permite nenhuma norma municipal desse tipo proposta pelos vereadores. Já  a Constituição Federal, em seu Art.61, estabelece que não há nenhuma impedimento legal e que os vereadores podem elaborar, sim, projetos desta natureza. O próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu em 2016, por unanimidade que projetos como este que prevê proteção às mulheres podem ser elaborados pelos vereadores. Assim, o prefeito de Cacoal certamente entendeu que a Lei Orgânica do município está acima da Constituição Federal.

CACOAL X VILHENA – Em Vilhena, município localizado 235 km de Cacoal, a vereadora Vivian Repessold (PP) apresentou um projeto semelhante e que foi aprovado pelos vereadores e sancionado imediatamente pelo prefeito de Vilhena Eduardo Japonês. Agora Vilhena tem a lei municipal estabelecendo que os profissionais de educação fazem parte do grupo de prioridades da vacina. Os vereadores de Vilhena e o prefeito do município do Conesul certamente se basearam nas ações do próprio Ministério da Saúde que colocou os profissionais da educação como prioridade. Conforme o processo legislativo estabelece, os vereadores de Cacoal vão analisar os vetos do prefeito em relação aos projetos e decidir como ficará a situação. No caso de Cacoal, votaram contra o projeto os vereadores Toinho do Jesus, Ezequiel Câmara e Lauro Kloch. Na ocasião, os três vereadores afirmaram que são defensores da educação, mas que votariam contra a matéria. Os vereadores de Vilhena aprovaram por unanimidade o projeto que prevê a vacinação de profissionais de educação. Existem várias diferenças entre a Câmara de Vilhena e a Câmara de Cacoal. Basta lembrar que o Regimento Interno da Casa de Leis em Cacoal é de 1984, enquanto em Vilhena o Regimento Interno foi revisado em 2020. (Da edição impressa do dia 21.05.2021)

O radialista Clóvis Firme, diretor da Antena Hits em Cacoal, no ar todos os dias pela sintonia 96,5 FM, vascaíno, marido da flamenguista Cleomara Castro, pai do time escalado por Kelvin Lucas, João Pedro, Ágata Gabriele, Weverton Leoni, Caio Aline e Kaique Bruno TAMBÉM LÊ TRIBUNA POPULAR

Clovis

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