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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Coluna BOCA MALDITA – Vacinação na Educação

ELEIÇÕES 2022 – As eleições para o governo de Rondônia no próximo ano começam a ganhar movimentações mais intensas nos bastidores e os eventuais candidatos ou pretendentes passaram a se movimentar com maior eficácia, buscando o apoio de grupos políticos e lideranças com muita densidade de votos. Nessa busca por apoios importantes haverá uma disputa antecipada muito forte pelo apoio do presidente da república, Jair Bolsonaro. Os nomes de eventuais candidatos ainda não estão bem definidos, mas vários deles tentarão dizer que têm o apoio de Bolsonaro: Eyder Brasil, Jaime Bagattoli, Ivo Cassol, Marcos Rogério e o atual governador, Marcos Rocha. Não se sabe exatamente qual deles terá o apoio público do presidente da república, mas todos eles estão buscando o palanque presidencial. Vale lembrar que a eleição de presidente da república envolve acordos muito grandes em nível nacional, fato que pode obrigar os candidatos ao cargo máximo do país a ficarem de fora de palanques em vários estados onde  não tem tanto peso para as definições nacionais.

PRIMEIRO TURNO – Muitas pessoas, inclusive os pré-candidatos ao governo de Rondônia, podem não lembrar, mas, m 2018, o presidente Jair Bolsonaro não apoiou nenhum candidato em Rondônia no primeiro turno das eleições, embora o coronel Marcos Rocha disputasse a eleição pela mesma sigla (PSL). Na época, o próprio candidato Bolsonaro desautorizou todos os candidatos no estado a falarem que tinham seu apoio no primeiro turno. Já no segundo turno, Marcos Rocha e Expedito Júnior diziam ter o apoio do presidente da república. Marcos Rocha acabou eleito, porque certamente o eleitor vinculou o número 17, usado por Bolsonaro e Marcos Rocha. Para as eleições do próximo ano, não está claro qual será o partido do presidente Bolsonaro, mas dificilmente ele disputara a eleição com o número 17. Como existe a possibilidade de filiação do presidente a outros partidos, entre eles o PP de Jaqueline Cassol, é possível que outra candidatura com o mesmo número do candidato a presidente ainda surja no estado. É pouco provável que o atual governador consiga se filar ao PP, porque o grupo político de Ivo Cassol tem feito duras críticas ao governador.

POLÍCIA MILITAR – O governador Marcos Rocha certamente sofrerá um grande desgaste nos próximos dias, em virtude dos desentendimentos entre ele e a Polícia Militar de Rondônia. O problema é que após ser empossado, o governador fez compromissos oficiais com os policiais militares e prometeu fazer ajustes salariais para compensar as perdas reais sofridas pela categoria em consequência da inflação. Entretanto, os compromissos não foram cumpridos até este momento e a situação é muito delicada. Está marcada, para a próxima segunda-feira, uma mobilização de familiares de policiais militares em diversos municípios do estado, entre eles Porto-Velho, Cacoal, Ariquemes, Vilhena e Ji-Paraná, além de outras cidades. A mobilização tem como objetivo mostrar ao governador que as famílias dos policiais militares não estão satisfeitas com a situação. A mobilização não é uma greve, mas o desgaste ao governo será inevitável. Vale destacar que o Corpo de Bombeiros, Agentes penitenciários e outros órgãos ligados à segurança pública estão na mesma situação da Polícia Militar. Outro fator significativo é que estas categorias tiveram participação decisiva nas eleições de 2018, em favor do coronel Marcos Rocha.

CPI DA PANDEMIA – Falando em Marcos Rocha, o governador de Rondônia está entre os 09 governadores que deverão comparecer para depor na CPI da Pandemia que acontece no Senado Federal. Na última quarta-feira, os membros da CPI aprovaram a convocação de todos os governadores de estado nos quais aconteceu alguma operação da Policia Federal ou Ministério Público, relacionada com investigação de recursos para a pandemia. No caso de Rondônia, foi realizada a operação Dúctil II da Polícia Federal, cuja finalidade é apurar fatos envolvendo recursos da pandemia. Claro que o fato de haver uma operação, por si só, não significa condenar nenhuma pessoa, mas os senadores da CPI da Pandemia querem saber do governador como foram aplicados os recursos recebidos por Rondônia para combater a pandemia. Pena que querem saber só dos governadores que podem ter apoiado e apoiam o presidente Jair Bolsonaro.

PROJETO DAS MULHERES – A queda de braço instituída entre a Câmara de Cacoal e o prefeito Adailton Fúria, sobre o projeto de autoria do vereador Paulo Henrique referente à criação de políticas públicas para atender as mulheres vítimas de violência doméstica ganhou mais um capítulo no começo desta semana. Por 08 votos contra 04, os vereadores derrubaram o veto do prefeito ao projeto e a Mesa Diretora da Câmara enviou imediatamente o autógrafo ao gabinete do prefeito, para que ele sancione a matéria. Muitas pessoas favoráveis ao projeto comemoraram a decisão da Câmara de Cacoal, mas a novela não está encerrada, porque as pessoas contrárias aos direitos das mulheres ainda poderão acionar o poder judiciário, exigindo que declare a inconstitucionalidade da matéria. Vale destacar que diversas ações judiciais sobre fatos semelhantes tramitaram nos tribunais brasileiros e chegaram até o Supremo Tribunal Federal. Em todos os casos, o STF decidiu que não há nada de ilegal nos projetos.

COMUNIDADES INDÍGENAS – O prefeito Adailton Fúria precisa orientar seus principais assessores sobre como lidar com as comunidades indígenas do município de Cacoal. Recentemente, diversas lideranças indígenas estiveram na Prefeitura de Cacoal para uma reunião que tinha sido agendada com vários dias de antecedência e foram tratadas com total descaso pela administração municipal. O motivo da reunião, segundo informaram algumas lideranças, era para tratar de estradas para as aldeias, manutenção de rodovias e outros assuntos relacionados com a rotina das comunidades indígenas. É necessário destacar que entre os principais cafés produzidos em Cacoal, e premiados nacionalmente, boa parte é produzida pelos índios da comunidade Suruí e essa produção coloca Cacoal no cenário nacional. Por este motivo, as comunidades indígenas precisam ser tradas com o respeito que merecem, visto que contribuem de maneira significativa para elevar a imagem do município. Na data agendada para a reunião com o prefeito, as lideranças indígenas tiveram que esperar por várias horas e não foram atendidas. E nas redes sociais, muitos defensores do prefeito teceram críticas  das mais infundadas e desrespeitosas contra a comunidade indígena. Esta situação não pode acontecer outras vezes.

CONVOCAÇÃO DA SECRETÁRIA – O vereador Valdomiro Corá declarou na sessão ordinária da última segunda-feira, na Câmara Municipal de Cacoal, que vai encaminhar requerimento para convocar a Secretária Municipal da Assistência Social, Michelle Pavani, para dar explicações oficiais sobre os atos da administração municipal em relação ao sorteio das casas populares do residencial Vale Verde. Desde o início do ano, uma grande polêmica foi criada em torno do assunto e até o momento nenhuma definição e nenhuma solução foram apresentadas pela administração. A Câmara de Cacoal assinou documento pedindo ao prefeito Adailton Fúria que encaminhasse ao Ministério do Desenvolvimento Regional um pedido para considerar válido o sorteio realizado no ano passado. O prefeito prometeu aos vereadores que o pedido seria encaminhado, mas não cumpriu a promessa. Neste período, a SEMAST procurou a Delegacia da Polícia Federal em Ji-Paraná e entregou o computador que teria sido usado para fazer o sorteio. Até o momento,  não há respostas sobre a situação.

VACINAÇÃO NA EDUCAÇÃO  – Em “live” gravada na última terça-feira, o prefeito de Cacoal Adailton Fúria, anunciou que nos dias 01 e 02 de junho acontecerá no município a vacinação dos profissionais da educação. Segundo informações passadas pela administração, na terça-feira, serão vacinados os profissionais da rede municipal de ensino e da rede privada. Na quarta-feira, segundo a programação, serão vacinados os profissionais da educação da rede estadual de ensino. O prefeito ressaltou que os profissionais do ensino superior da rede pública e privada serão vacinados em outro momento, visto que a prioridade para o início da semana serão os profissionais do ensino básico, isto é, ensino infantil, séries iniciais, ensino fundamental e médio. Serão imunizados todos os profissionais das escolas públicas e privadas, professores e técnicos, além de outros profissionais que atuam nas escolas.

CULTURA E HISTÓRIA – O ex-vereador Pedro Rabelo tem desempenhado um excelente trabalho à frente da Fundação Cultural de Cacoal (FUNCAL). Como presidente da autarquia, ele tem buscado resgatar a memória e a história do município, promovendo ações que são organizadas para mostrar a cultura, a arte, a história e o talento dos cacoalenses. No aspecto cultural, poucos dias atrás, a FUNCAL realizou a exposição de peças do museu Salles e Caetano, localizado na Linha 05. O evento aconteceu no espaço do teatro municipal Cacilda Becker, em Cacoal, e contou com a presença de bom número de pessoas. O museu Salles e Caetano tem como atração  principal objetos antigos que eram usados nas décadas de 60, 70, 80 e 90 e que ficaram no passado, como é o caso de máquinas de datilografar, eletrodomésticos em geral e outros objetos que fazem parte da nossa história e da nossa cultura. As pessoas que tiverem interesse em conhecer o museu podem procurar os proprietários ou entrar em contato com a FUNCAL. Com certeza, vale a pena conhecer o museu Salles e Caetano!!

RETROCESSO ADMINISTRATIVO – Está em tramitação na Câmara Municipal de Cacoal um projeto de autoria do prefeito Adailton Fúria que pode prejudicar muito a realização de concursos públicos no futuro. O projeto encaminhado pelo prefeito solicita que os vereadores alterem a legislação municipal, permitindo que o prazo para afastamento de funções da administração municipal seja ampliado de 4 anos para 8 anos. Atualmente, um servidor tem o direito de se afastar do serviço público em Cacoal pelo prazo de 4 anos. Com a nova proposta, depois de 4 anos, o servidor poderá renovar o afastamento por mais 4 anos. Isso significa, na prática, que um servidor pode ficar afastado do serviço por 8 anos, impedindo que a administração realize concurso, porque ele pode voltar a qualquer momento. Uma pessoa que fica afastada do serviço público por 4 anos, quando o assunto for tratamento de saúde,  merece todo o amparo da municipalidade, mas ficar 8 anos afastado, porque desejar tentar atividades privadas é brincar com a cara de pessoas que sonham em fazer concursos públicos.

(Da edição impressa do dia 28.05.2021)

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LEITOR TP!

O Ednaldo da Paixão Tupinanbá, supervisor regional administrativo do Grupo Ser Educacional que agora agrega a Unesc e Unifacimed, morador do município de Lauro de Freitas, na Bahia, que faz parte de uma equipe que viaja o Brasil acompanhando as instituições que integram o SER EDUCACIONAL, também lé TRIBUNA POPULAR.

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