Por FRANCISCO XAVIER GOMES
As eleições deste ano tendem a acontecer num clima um tanto quanto tenso, em virtude da grande quantidade de desinformação que tem sido despejada nas redes sociais por pessoas que não possuem nenhum respeito pelos milhares de brasileiros que trabalham, voluntariamente, no dia da votação, objetivando cumprir um dever cívico de contribuir com a nação brasileira. O sistema envolve mesários, fiscais de partidos, policiais de diversas forças, Ministério Público, magistrados, servidores da Justiça Eleitoral e diversas instituições outras que prestam relevantes serviços para que tudo ocorra da melhor maneira possível. Entretanto, os boatos, completamente infundados, de que as urnas não possuem segurança prejudicam a sensação de harmonia e seriedade com que atuam todas as pessoas e instituições envolvidas direta ou indiretamente com o processo eleitoral. Em Cacoal, porém, a Justiça Eleitoral tem desempenhado excelente serviço, visando esclarecer a população sobre todos os fatores relacionados com o pleito deste ano…
O trabalho da Justiça Eleitoral no município de Cacoal merece destaque, pelo profissionalismo, coerência e seriedade com que a equipe do Cartório Eleitoral tem buscado dirimir muitas dúvidas surgidas a partir de notícias falsas acerca das urnas eletrônicas. No caso da juventude, uma parceria foi firmada entre a escola estadual Cora Coralina e a Justiça Eleitoral, visando um ciclo de palestras e orientações passadas aos alunos do ensino médio, visto que eles podem contribuir para ajudar esclarecer amigos e familiares mais próximos. Os trabalhos são coordenados, na escola, pelo professor José Francisco e contam com total apoio da Equipe Gestora da instituição. Os estudantes recebem informações através de profissionais muito capacitadas da Justiça Eleitoral de Cacoal, cuja finalidade é capacitar os jovens para fazerem parte da “Patrulha Eleitoral”. Após as palestras, os alunos são convidados a entrarem nos perfis da Justiça Eleitoral de Rondônia onde podem encontrar muitas outras informações referentes ao processo eleitoral, a legislação, o sistema tecnológico e as maneiras de ajudar no combate à desinformação.
Esta semana, a equipe da Justiça Eleitoral esteve na escola Cora Coralina para apresentar aos alunos toda a história das urnas eletrônicas e desmistificar todas as inverdades divulgadas nas redes sociais, inclusive em perfis de autoridades políticas do cenário estadual e nacional. Entre as informações passadas aos alunos, as servidoras da Justiça Eleitoral mostraram, de maneira detalhada, como ocorre a fiscalização das urnas, quais as autoridades que acompanham os trabalhos, como funcionam as urnas e as razões pelas quais o sistema é muito seguro. Antes do início da votação, tudo é fiscalizado pela Polícia Federal, Ministério Público, representantes de partidos, juízes eleitorais, OAB, técnicos especializados em urnas eletrônicas, com anos de experiência, e qualquer cidadão que tenha interesse em acompanhar o processo. Aliás, todas essas instituições e autoridades já fazem esse trabalho desde 1996, quando as urnas eletrônicas foram instituídas e, nesses anos todos, jamais houve qualquer sinal de fraude ou violação do sistema. Inclusive, no dia da eleição, ao término da apuração, os boletins, contendo todos os dados, são colados na parede de cada seção eleitoral, possibilitando que qualquer pessoa possa conferir. Isto sem falar que todos os partidos brasileiros fazem parte da fiscalização e são convocados para todos os atos que antecedem a votação. Além disso, os partidos têm direito de colocar fiscais em todas as seções, no dia da votação. Os mesários convocados para coordenar os trabalhos nas seções são pessoas da cidade e podem testemunhar a lisura do processo.
Assim, não há razão para duvidar do trabalho de tantas instituições, autoridades e pessoas credenciadas para este importante exercício da cidadania. Durante qualquer momento do processo, mesmo antes de chegar o dia das eleições, qualquer pessoa pode denunciar para as autoridades competentes os casos que eventualmente gerem dúvidas. A ideia que muitas pessoas têm de voltar ao uso de sacos de lona para colher votos não passa de uma intenção clara e maldosa de prejudicar todo o trabalho desenvolvido, durante décadas, para se chegar a um sistema seguro de votação, que garante ao eleitor o sigilo do voto, previsto na Constituição Federal, e consolida os fundamentos democráticos do país. A festa da democracia, as mudanças que a sociedade deseja e um processo eleitoral justo e seguro são garantidos exatamente pelo brilhante trabalho da Justiça Eleitoral do Brasil, como é o caso exemplar de Rondônia, praticado com muita dedicação pelo Cartório Eleitoral de Cacoal. O combate à desinformação é dever de todas as pessoas que acreditam num país melhor. O resto é delírio puro… Tenho dito!!!!
FRANCISCO XAVIER GOMES – Professor da Rede Estadual e Jornalista