As pessoas mais próximas ao governador Marcos Rocha certamente atuam como bajuladores, deixando evidências claras de que o coronel não recebe nenhuma orientação técnica que possibilite um governante conduzir bem suas falas, quando viaja pelo interior do estado. Marcos Rocha esteve recentemente em Cacoal e descarregou um repertório de verborragias que merecem o total repúdio de qualquer pessoa que conhece minimamente a realidade de Rondônia. Tentando encantar eleitores e eventuais aliados, o coronel pegou um microfone na Capital do Café e declarou que estava na cidade para entregar alguns benefícios e para dizer que seu governo sabe fazer economia de recursos públicos. Segundo Marcos Rocha, ele “economizou” mais de 800 milhões de reais e estes recursos serão aplicados para melhorar a vida dos rondonienses. Tudo papo furado!!! Tudo conversa mole para acalentar bovinos! O governo de Rondônia apenas deixou de investir em diversos setores, situação que provocou problemas graves, mas que ele não percebe, porque sua vontade de usar os recursos do contribuinte para fazer discursos de campanha eleitoral causa cegueira. Marcos Rocha não precisa enxergar seus graves erros, mas muito deles são tão evidentes que os eleitores mais ingênuos percebem com extrema facilidade. Não aconteceu economia nenhuma…
Como os assessores mais próximos ao coronel são nomeados para baterem palmas, vou contribuir com ele e chamar a atenção para alguns casos, objetivando que ele acorde desse sonho sem sentido. No caso do setor de educação, como não havia aulas presenciais, até pouco tempo atrás, logicamente que muitos recursos não foram aplicados como deveriam, entre eles materiais de limpeza, energia elétrica entre outros. Entretanto, esses recursos fazem parte do PROAFI, programa que já existe desde 1999 e nada tem a ver com recursos de investimentos em grandes obras. Para citar apenas um exemplo, todos os professores usaram seus próprios equipamentos para produzir aulas remotas e jamais foram ressarcidos pelo governo de Rondônia, além disso, o governador cortou o auxilio transporte dos trabalhadores da educação, como se eles não tivessem nenhuma necessidade de irem à escola no período forte da pandemia. Essa decisão foi uma medida covarde, mas é esse tipo de coisa que o governador chama de “fazer economia”. Há dois anos e seis meses, os professores pagam internet para preparar aulas para o governo. Nunca houve, por parte da Secretaria de Estado de Educação, nenhuma medida para restituir os valores empregados pelos professores para preparar as aulas para os alunos.
No setor de saúde, a situação é igualmente calamitosa e muitos investimentos deixaram de ser feitos para se transformarem nesse papo furado de fazer economia. Assim como prejudicou os trabalhadores da educação, Marcos Rocha não fez diferente na saúde. Cortou até a alimentação dos profissionais de saúde que estavam de plantão em hospitais, durante a pandemia. Isso é fazer economia? Logicamente que não!!!O nome disso é falta de capacidade,falta de sensibilidade e falta de respeito com os profissionais de saúde. Cortar a alimentação de pessoas que estão de plantão em hospitais é coisa que não se espera nem dos extremistas do talibã. No caso de Cacoal,existem muitos profissionais que trabalham no HEURO e Hospital Regional, mas moram em outros municípios. Desde quando cortar a alimentação dos profissionais de plantão é fazer economia? No governo de Rondônia, existem várias pessoas nomeadas pelo coronel Marcos Rocha, que recebem salários sem trabalhar e que nunca tiveram nenhum corte salarial. Nos hospitais de Cacoal faltam equipamentos básicos e durante todo o período em que Marcos Rocha está no cargo, os servidores tiveram que fazer milagres para atender a população. Deixar faltar materiais e equipamentos básicos em hospitais é fazer economia?? Obviamente que não!!! Somente alguém muito trouxa acredita nesse papo furado!!
Ainda no campo de saúde, o governo de Rondônia poderia muito bem ter concluído a obra do Hospital Regional de Guajará-Mirim. A ausência daquela obra certamente matou muitas pessoas. Quanta falta faz o hospital que Marcos Rocha abandonou dentro do matagal. Com menos de 10 milhões, o hospital de Guajará-Mirim seria concluído. Agora, o coronel do Pé Quebrado aparece no interior para fazer discurso bonito e dizer que sabe administrar e economizar recursos. A maior prova de incompetência de um gestor público é chegar perto de concluir o mandato e ter um grande acúmulo e recursos em caixa, sob a alegação de que fez economia. Esse argumento é tão fajuto, que o governador ofereceu para Cacoal apenas 10 quilômetros de recapeamento de vias públicas. Isso não significa absolutamente nada!! Essa oferta é ridícula!! Somente deputados de baixo clero batem palmas para um governo que usa os recursos públicos originados dos suados impostos do contribuinte, para fazer média e fazer palanque político.
O governo de Rondônia deslocou incontáveis pessoas da capital do estado para Cacoal, armou uma tenda em frente à prefeitura, organizou um palanque político, colocou seus guachebas para anunciar o evento por uma semana, para depois declarar que Cacoal vai ser contemplado com 10 km de recapeamento em vias públicas. Que coisa ridícula!! Cacoal tem uma usina de asfalto… O curioso é ver as rêmoras políticas de Nossa Urbe Obediana se curvando para esse tipo de espetáculo patético e entronizando Marcos Rocha. Somente uma pessoa que não tem nenhum respeito pela cidade bate palminhas para essa pirotecnia tosca. A população de Cacoal e de Rondônia precisa estar atenta, porque o coronel criou esta fantasia de que economizou recursos para fazer propaganda eleitoral de seu nome, enquanto muitos investimentos foram abandonados ou trocados pelas falácias palacianas… Tenho dito!!!!
FRANCISCO XAVIER GOMES – Professor da Rede Estadual e Articulista
