O governador de Rondônia e seus principais assessores, ou asseclas, vão acabar entrando para as páginas da História de Cacoal, em virtude de algumas medidas politicas e eclesiásticas tomadas recentemente e que podem causar seríssimos problemas para a população da cidade. Entre esses atos eclesiásticos, está o último decreto assinado pelo Coronel do Pé Quebrado, em relação às medidas de prevenção, ou não, contra a Covid-19, doença que tomou conta de todos os continentes e que tem causado tragédias arrasadoras no Norte do Brasil. Em Cacoal, cidade que é uma das principais referências da Amazônia, a situação é muito grave e poderá ficar pior, em consequências de decisões políticas e religiosas de natureza absolutamente pueris adotadas pelo governo esta semana…
Poucos dias atrás, Marcos Rocha esteve em Cacoal e prometeu para algumas pessoas que iria analisar a situação de Cacoal, com relação ao enquadramento nas fases da pandemia, que hoje possuiu aspectos muito mais de sindemia. Ao retornar para a capital do estado, o governador decidiu, sem nenhum critério científico, colocar Cacoal de volta à fase 3, conforme havia prometido aos seus eleitores. Essa decisão precisa ser avaliada com muito cuidado pela população, porque qualquer pessoa que consultar os arquivos do próprio governo de Rondônia vai perceber que a realidade é muito diferente. O problema é que, para fazer política, o coronel e seus amigos não estão preocupados com saúde; eles querem agradar eleitores. Para esclarecer a situação e verificar que não existe critério nenhum para classificar os municípios, basta acessar o portal do Governo de Rondônia, onde estão todas as informações sobre a Covid-19. Os números constantes nos boletins do governo mostram que Cacoal e Vilhena estão, atualmente, entre os principais focos de contaminação e morte por Covid-19 no interior do estado. É lamentável essa constatação, mas é a realidade. É justamente isso que é muito estranho na decisão do governo, porque ele manteve municípios como Costa Marques e Nova Brasilândia na fase 1; e retornou Cacoal e Vilhena para a fase 3. Que coisa sem critério!!! Que despautério!!! O governador deveria demitir todas as pessoas que fazem a classificação das fases dos municípios, porque é uma enganação!!!
O coronel Chrisóstomo, que considerava Marcos Rocha como ídolo na campanha de 2018, gravou um vídeo, pouco tempo atrás, dizendo que seu ex-idolo é um incompetente e que nunca comandou um batalhão. Chrisóstomo deve estar de brincadeira, porque Marcos Rocha dá sinais claros de que nunca comandou um pelotão ou um GC. Como iria comandar um batalhão??? Esse pessoal do governo que classifica os municípios nas fases da Covid-19 é análogo aos militares comandados pelo General Dureza e Sargento Tainha das histórias em quadrinhos do Recruta Zero. Aliás, o que tem de Recruta Zero dentro de Marcos Rocha é impressionante!!! Obviamente que não se busca com tais argumentos dizer que Cacoal deveria voltar à fase 1; a discussão não é essa. A questão é que Costa Marques e Nova Brasilândia, que não tiveram sequer uma morte este ano, permanecem na fase 1. Para se avaliar o tamanho da falta de critério, Cacoal e Vilhena, que foram colocados na fase 3, tiveram juntas quase 30 mortes em 2021. Costa Marques e Nova Brasilândia, classificados pelo governo como fase 1, não tiveram nenhuma morte no mesmo período. Quanto ao numero de infectados, Cacoal teve em janeiro 1.138; enquanto Costa Marques teve 77, revelando que os critérios adotados pelo governo de Rondônia para classificar os municípios nas quatro fases da pandemia precisam ser revistos.
Essa falta de critério do Governo de Rondônia para tomar medidas oficiais não está apenas no ato de classificar municípios na pandemia. No começo dessa semana, o Chefe da Casa Civil de Marcos Rocha, que não entende absolutamente nada de educação, gravou um vídeo para dizer que o governo se prepara para a volta às aulas presenciais com turmas de 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio. A decisão do governo não se baseia em nenhum parecer de autoridades médicas e pode representar, na prática, a terceira onda de covid-19 no estado, porque alunos de 9° ano e 3° ano também pegam covid-19 e os profissionais de educação de Rondônia representam a categoria com a maior quantidade de pessoas nos grupos de riscos, em todo o serviço público. Ao desprezar a ciência para apostar no achismo, Marcos Rocha e seu governo podem protagonizar uma presepada que vai deixar seu ex-eleitor Chrisóstomo muito mais irritado… Tenho dito!!!
FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual e Articulista