Nas eleições de 2018, milhões de brasileiros se encantaram com Bolsonaro e suas promessas de governar o Brasil sem submissão aos interesses políticos das velhas oligarquias que sempre monopolizaram o poder e ditaram as regras no país, deixando, fosse quem fosse o presidente, de joelhos. Entre os eleitores que optaram por Bolsonaro, havia, obviamente, muita gente 100% alinhada a ele, defensoras de uma visão conservadora nos costumes e mais liberal no que diz respeito a política macroeconômica, embora, em essência, o atual presidente não seja exatamente um neoliberal assumido. O que levou Bolsonaro a abrir mão de suas reais convicções mais nacionalistas foi a necessidade de ganhar o apoio da classe empresarial e a simpatia do establishment.
Por dois anos, Bolsonaro tentou ser Bolsonaro. Nem tanto um neoliberal e nem tanto nacionalista para não assustar às elites. Mesmo assim, teve muitas dificuldades para governar o país por conta das hienas da política o acossarem por todos os lados. Essas feras, que tinham até então como macho-alpha o deputado Rodrigo Maia, prometeram e cumpriram a promessa de transformar o mandato do atual presidente em um inferno. Bolsonaro tentou ser um leão, mas quem é que pode com tantas hienas sedentas de sangue?
O partido de Rodrigo Maia, O DEM, que um dia já foi a Arena, aliada dos militares e que, por convicções ideológicas, deveria dar suporte a Bolsonaro, estranhamente foi um obstáculo, e por vezes, parecia mais aliado a uma esquerda impertinente, irresponsável e antinacionalista. Não dá para entender como um partido oriundo da Arena sujeite-se a compor com partidos como PT, PCdoB e PSOL, cuja estratégia é a conquista do poder e, se preciso for, age, como sempre tem agido, contra os interesses do país e afaga governantes déspotas como Nicolas Maduro, Daniel Ortega e outros da mesma laia.
Finalmente tivemos agora, nesta semana, eleição para a nova composição da mesa diretora da Câmara dos Deputados e Senado Federal. Bolsonaro teve de jogar politicamente e deixar alguns nacos do poder para o “Centrão”, como são chamados os políticos que, em tese, nem são da direita raiz e nem da esquerda, embora estejam dispostos a se aliar com qualquer espectro da política, desde que lhes seja assegurados privilégios que sempre tiveram.
Bolsonaro – assim como tantos outros fizeram quando candidatos – havia prometido combater tenazmente o “toma-lá-dá-cá” e em parte conseguiu ao menos nesses dois anos. Só que não podia continuar refém da chantagem e teve de jogar o jogo do poder. Agora, entrou em campo e conseguiu eleger como presidentes do Senado e da Câmara lideranças que, até prova em contrário, não farão o mesmo jogo sujo de Rodrigo Maia.
Obviamente isso tem um preço. O poder terá de ser compartido com esse tal centrão. Mas o que é que se pode fazer? É uma situação complicada para Bolsonaro por ir na contramão de tudo o que ele sempre pregou. Como ficam agora os eleitores de Bolsonaro, que votaram nele em 2018? Obviamente Bolsonaro não foi eleito apenas pelos 30% de brasileiros que sempre o apoiaram por convicções ideológicas. Ele também foi eleito pelos órfãos do PT, um partido que encheu os brasileiros de esperança, teve um primeiro momento idílico, mas que depois mostrou sua verdadeira face e o seu lado obscuro de alinhamento com o que há de pior e mais nefasto em política, que é o socialismo de esgoto, como o são os regimes de Cuba e Venezuela.
Figuras como Gleisi Hoffmann, Marcelo Freixo e Guilherme Boulos, só para citar alguns, são políticos que defendem o que há de pior em governança. Por razões como essas, Bolsonaro, mesmo tendo de ceder ao Centrão, ainda tem todas as condições de se reeleger em 2022. Se está ruim com ele, muito pior seria se o Brasil cair em mãos dessa gente que odeia a pátria, como são essas figuras acima. Querem exemplo? Essa gente foi aos tribunais internacionais contra o próprio país, pedindo intervenção internacional. Dá para confiarmos em políticos antipatriotas? Claro que não! Bolsonaro, com todos os seus defeitos, é um patriota, que ama o Brasil verde e amarelo. Com ele, nossa bandeira jamais será vermelha!