A maioria dos motoristas já escutou essa frase: “Boa tarde, senhor, documentação pessoal e do veículo.”
É obrigatório apresentar à autoridade de trânsito a carteira de motorista e também o documento de cor verde, o CRLV, que é o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo. Mas esse documento de papel, está com os dias contados.
Os Detrans de todo o país têm até junho para implantar a novidade. Nove estados já começaram a emitir a versão digital.
“Anteriormente, nós tínhamos uma demanda muito grande por documentos que não chegavam na residência. Existe alguns casos que demorava até três meses”, diz o presidente do Detran de Goiás Marcos Roberta Silva.
Para usar a novidade, o motorista precisa baixar o aplicativo, que é de graça, e, assim que pagar o IPVA, o documento eletrônico já aparece na tela do aparelho.
“Eu acho muito prático. Acho que vai valer a pena porque essa questão da gente está carregando esses documentos”, diz Lilian Rates Frota, designer de interiores.
É simples também para o policial. “Documento do veículo, por favor.” O policial aproxima o leitor do QR Code – o quadradinho onde estão todas as informações do carro e do motorista. A checagem é bem mais rápida, menos de três segundos.“Agiliza porque imediatamente ele traz informação do veículo ali, já fala qual é o veículo, número de chassi, modelo, ano”, explica o capitão da PM/GO Marcos Paulo Hosokawa.
E tem mais vantagens. Antes, quem perdia o documento de papel, tinha que procurar o Detran e pagar pela segunda via. O custo varia de estado para estado. Em Goiás, a despesa era de R$ 48. Mas sabe aquela história que a bateria do celular termina sempre quando a gente mais precisa? O Sindicato dos Despachantes dá uma dica para ninguém ficar na mão. ‘É interessante que se imprima, faça impressão e carregue junto com o veículo”, diz Idelton Gomes Júnior, presidente do Sindicato dos Despachantes/GO.
Nesse caso, o motorista tem que imprimir o documento por conta própria. Os Detrans não vão mais fazer esse serviço. Só no estado de Goiás, por exemplo, a economia com impressão e envio do documento pelos Correios será de R$ 6 milhões por ano. O ministério da Infraestrutura ainda não fez a estimativa de quanto os outros Detrans vão economizar.
Fonte: g1.globo.com/