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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Doenças crônicas atingem quase metade da população adulta de Rondônia

Doencas

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que, em 2019, 47,4% da população de Rondônia com mais de 18 anos tinham pelo menos uma doença crônica (como doenças cardiovasculares, diabetes, depressão, entre outras). Em Porto Velho, o índice foi de 38,2%. A doença crônica mais comum entre os rondonienses está relacionada à coluna vertebral.

Em 2019, 21,9% da população adulta apresentava este problema em Rondônia, sendo o segundo maior índice entre estados da Região Norte. Em Porto Velho, a taxa é de 16,3%. Das pessoas que têm problema de coluna, 20,5% dos rondonienses e 20% dos porto-velhenses têm grau intenso ou muito intenso de limitações nas atividades habituais.

A segunda doença crônica mais prevalente é a hipertensão arterial. A PNS mostrou que 18,8% da população rondoniense com mais de 18 anos tem diagnóstico médico para esta enfermidade, sendo que as mulheres têm proporção maior que os homens: 21,4% do universo feminino tem este diagnóstico enquanto que no universo masculino esta proporção é de 16,1%. Das pessoas com diagnóstico de hipertensão, 91,5% tiveram medicamento prescrito e 82,7% tomaram todos os medicamentos receitados. 

Outra informação que a Pesquisa traz é que das pessoas em Rondônia com diagnóstico de hipertensão arterial, 31,7% obtiveram pelo menos um medicamento no programa “Aqui tem farmácia popular”. Este índice é bem menor em Porto Velho, onde 19,3% conseguiram o medicamento no programa.

Em relação à diabetes, terceira enfermidade mais frequente, a PNS aponta que 12,1% da população de Rondônia com mais de 18 anos nunca fizeram um teste de glicemia. A proporção entre os homens é maior que entre as mulheres: 17,4% e 7% respectivamente. Em Porto Velho, foi constatado que apenas 3,7% da população maior de idade nunca fizeram o teste. A Pesquisa revelou que das 66 mil pessoas, em Rondônia, com diagnóstico de diabetes, 76,5% tomaram medicamento ou usaram insulina, taxa semelhante à de Porto Velho: 78,7%.

Também foi constatado que dos rondonienses que tomaram medicamento, 21,7% obtiveram pelo menos um remédio no programa “Aqui tem farmácia popular”. Na capital, 9,3% obtiveram o medicamento no programa, sendo o menor índice entre as capitais brasileiras.

Outro apontamento da Pesquisa foi que 93,7% dos rondonienses com diabetes que tiveram exames complementares solicitados conseguiram fazer todos os exames. Porto Velho apresenta taxa de 96,7%. Entre as pessoas com diabetes, em Rondônia, 25,1% tinham realizado exame de vista há menos de um ano. Na capital, 36% dos diabéticos tinham feito o exame.

Tanto o estado quanto a capital apresentam os maiores índices brasileiros de diabéticos com grau intenso ou muito intenso de limitações nas atividades habituais em decorrência da doença. Em Rondônia, 11,3% dos diabéticos estavam nesta situação e, em Porto Velho, a taxa foi de 26,4%. Houve ainda a constatação que 3,9% da população de Rondônia com mais de 18 anos têm alguma doença do coração, taxa semelhante à de Porto Velho: 3,5%.

Dos rondonienses com alguma doença cardíaca, 13,3% já fizeram cirurgia de ponte de safena ou colocação de stent ou angioplastia. Em Porto Velho, a proporção de operados chega a 21,4%. Em relação a limitações nas atividades habituais nas pessoas com problemas cardíacos, 11,9% dos rondonienses e 13,4% dos porto-velhenses apresentam grau intenso ou muito intenso.

A PNS mostrou um aumento de quase 70% nos casos de depressão nos rondonienses com mais de 18 anos entre 2013 e 2019. Em 2013, havia 67 mil pessoas no estado com este diagnóstico, subindo para 113 mil em 2019. Porto Velho subiu de quatro mil pessoas com depressão para 21 mil neste período.  Dos rondonienses com depressão, 36,2% usaram medicamento para a doença, 21,9% faziam psicoterapia e 16,1% possuíam grau intenso ou muito intenso de limitações nas atividades habituais. Em Porto Velho, estes índices foram de 36,5%, 29,6% e 11,5%.

A Pesquisa revelou ainda que, entre os estados da Região Norte, Rondônia tem a maior proporção de pessoas com mais de 18 anos com diagnóstico de doença mental (como esquizofrenia, transtorno bipolar, psicose ou TOC): 5%. O segundo estado nortista com o maior índice foi Tocantins, com 3,6%. Em relação às capitais do Norte, Porto Velho e Belém possuem os menores índices: 1,7% e 1,6% respectivamente.

(Amabile Casarin / Analista Censitária – Jornalismo)

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