Empresário estupra funcionária e é acusado de assédio por mais oito mulheres

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O empresário Reginaldo Luvizutti de Brito, 47 anos, foi preso preventivamente nessa quarta-feira (1º) acusado de estuprar uma funcionária e assediar outras quatro mulheres, em Juína (735 km de Cuiabá). Os crimes sexuais aconteceram em seu bar.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram após uma jovem de 18 anos procurar a delegacia de Juína e relatar que foi estuprada por ele. Ela disse que estava fazendo a limpeza do bar, onde estava fazendo diárias quando, após o fim do expediente, o dono do local trancou o estabelecimento, aumentou o som da música ambiente e em seguida lhe ofereceu bebida alcoólica, o que ela recusou.

Reginaldo, então, a agarrou à força, tirou suas roupas e cometeu o estupro. Após o crime, a vítima conseguiu se desvencilhar do agressor, correu até sua moto e foi embora para casa.

No outro dia ela procurou a delegacia e contou o ocorrido. Os investigadores logo começaram as diligências para localizar o empresário, que foi conduzido à unidade. Reginaldo foi interrogado, mas permaneceu em silêncio e depois foi liberado, uma vez que não estava mais em período de flagrante.

Durante a investigação, a Polícia Civil recebeu mensagens que o empresário mandou à vítima com ofertas de trabalho e dinheiro. Ele ainda tentava comover a vítima, dizendo que tem família e para ela não levar adiante a denúncia à polícia.

Outras oito vítimas

No decorrer da investigação, outras vítimas procuraram a delegacia de Juína para relatar situações de assédio e importunação praticadas por Reginaldo. Uma delas, que também trabalhou como diarista no bar, disse que era constantemente importunada e assediada, sofrendo investidas constrangedoras do empresário, que lhe tocava o corpo sem sua autorização.

Outra vítima também relatou as importunações e assédio sofridos durante o período em que prestou serviços para Reginaldo. Ela contou ainda em depoimento que o empresário tem uma arma de fogo, e fez ameaças indiretas em certa ocasião, dizendo que ‘a arma era para quem falasse demais’, o que a deixou amedrontada em comentar sobre o que havia ocorrido.

A vítima relatou ainda que quando Reginaldo descobriu que outra vítima havia procurado a polícia e pediu que ela mentisse a seu favor.

Uma quarta vítima narrou que, apesar de não ter prestado serviços para o investigado, ela foi ao bar com seu namorado, que prestava serviços ocasionais no local, e foi assediada várias vezes pelo suspeito, inclusive, a importunou sexualmente, acariciando as nádegas.

Outras quatro mulheres também foram ouvidas na delegacia de Juína e todas relataram situações de assédio e importunação sexual. Uma delas, menor de idade, além da importunação, contou que Reginaldo fornece bebida alcoólica a menores.

“Vale ressaltar que existem informações informais de inúmeras outras supostas vítimas que ainda não compareceram à delegacia para serem ouvidas”, acrescentou o delegado Jean.

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT

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