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domingo, dezembro 22, 2024

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Equipes de resgate procuram vestígios de passageiros de avião que caiu no sudoeste da China

As perguntas se acumulam sobre as causas do acidente com a aeronave, que perdeu mais de 26.000 pés (quase 8.000 metros) em apenas três minutos
AF
Agência France-Presse
(crédito: CNS / AFP)

Wuzhou, China – As equipes de resgate lutavam nesta terça-feira (22) contra a chuva e a lama na busca por vestígios das 132 pessoas que estavam a bordo do Boeing-737 da China Eastern que caiu em uma área montanhosa no sudoeste da China na segunda-feira.

As perguntas se acumulam sobre as causas do acidente com a aeronave, que perdeu mais de 26.000 pés (quase 8.000 metros) em apenas três minutos, antes de cair em uma montanha na tarde (horário local) de segunda-feira.

A companhia aérea reconheceu que pessoas a bordo do voo, que viajava entre as cidades de Kunming (sudoeste) e Cantão (sul), morreram, mas não divulgou detalhes.

O presidente Xi Jinping ordenou uma investigação profunda para que as causas do acidente sejam determinadas o mais rápido possível.

Os funcionários examinavam os pedaços queimados do avião e rastros do incêndio provocado. Um deles especulou que os passageiros teriam sido “totalmente incinerados” pela intensidade das chamas.

Um orador da região, que revelou apenas o sobrenome Ou, afirmou que ouviu um “barulho como um trovão” na tarde de segunda-feira, seguido por uma explosão violenta nas colinas próximas.

A imprensa estatal exibiu imagens das equipes de resgate na área da queda do avião, entre árvores derrubadas e pedaços do Boeing, incluindo uma peça com o símbolo da companhia aérea.

O desastre aconteceu após uma queda vertical em alta velocidade, de acordo com um vídeo divulgado pela imprensa chinesa. A AFP não conseguiu verificar até o momento a autenticidade do vídeo.

Em Cantão, funcionários da companhia aérea ajudavam as famílias dos 123 passageiros e nove tripulantes do avião.

– Dados “muito incomuns” –
O voo MU5735, que decolou de Kunming pouco depois das 13H00 (2H00 de Brasília), “perdeu contato quando estava sobrevoando a cidade de Wuzhou”, segundo um comunicado da Administração da Aviação Civil da China (CAAC).

A catástrofe provocou uma rápida de Xi Jinping, que se declarou “chocado”.

A imprensa estatal afirmou que o vice-primeiro-ministro Liu He, muito próximo a Xi e que atua mais em questões econômicas, foi enviado à região para supervisionar as tarefas de resgate e investigação.

A Junta Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos anunciou que designou um especialista como representante nas investigações e que diretores da Boeing, General Eletric e da Administração Federal de Aviação atuarão como conselheiros técnicos.

Depois, após uma breve subida, despencou novamente, a 1.410 metros, segundo o FlightRadar24, para ficar 983 metros acima do solo. A aeronave desapareceu dos radares às 14h22 (3h22 de Brasília).

Jean-Paul Troadec, ex-diretor do Escritório de Investigação e Análises de Segurança Aérea da França, afirmou à AFP que é “muito cedo” para tirar conclusões, mas que os dados do FlightRadar são “muito incomuns”.

Nos últimos anos, a China se destacou por elogiados padrões de segurança da aviação, apesar do rápido e amplo crescimento do setor nas últimas décadas.

Em um comunicado, a fabricante americana afirmou que tenta “reunir mais informações” e trabalha com os clientes.

O acidente de voo comercial com mais vítimas fatais na China aconteceu em 1994, quando a queda de uma aeronave da China Northwest Airlines provocou a morte das 160 pessoas a bordo.

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