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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Ex-ministro do GSI depõe por mais de 4h à PF e diz que foi enganado

Gonçalves Dias disse que teriam dito que as câmeras do terceiro andar, onde apareceu com manifestantes, estavam danificadas. Ele foi demitido do cargo na quarta-feira (19)

 

 

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias prestou depoimento nesta sexta-feira (21) à Polícia Federal (PF), em Brasília. Segundo informações da Band, no depoimento Gonçalves Dias disse que foi enganado sobre câmeras que estariam danificadas. A informação foi apurada com fontes da corporação pelo repórter Túlio Amâncio.

De acordo com o ex-ministro, ele foi induzido ao erro por agentes do GSI, que teriam dito que as câmeras do terceiro andar, onde apareceu com manifestantes, estavam danificadas. Devido a isso, falou que não seria possível ter acesso às imagens daquele dia.
As câmeras do terceiro andar ficam em posições estratégicas do Palácio do Planalto, pois estão próximas ao gabinete do presidente da República. Dias disse que tentou tirar os manifestantes do terceiro andar da foram mais pacífica possível porque as prisões estavam acontecendo no segundo andar.

Questionando sobre o efetivo que fazia a guarda do Palácio dos Planaltos, Gonçalves Dias disse que dez homens faziam a segurança até as 14h30. Ele afirmou que pediu reforço de cerca de 30 a 35 homens com escudos e pistolas de bala de borracha e afirmou que confiava na atuação da Polícia do Distrito Federal.

Gonçalves Dias chegou à sede da corporação por volta das 9h, entrou pela garagem e não deu declarações. A oitiva terminou por volta das 13h30.

O depoimento foi determinado nesta quinta-feira (20) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu prazo de 48 horas para que o depoimento fosse realizado.

Na quarta-feira (19), Dias pediu demissão do cargo após imagens divulgadas pela CNN Brasil mostrarem ele e outros funcionários do GSI no interior do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes durante os atos golpistas.

Na decisão, o ministro disse que houve “conivência e omissão de diversos agentes do GSI” e “atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto”.

Moraes também determinou que todos os funcionários do GSI que aparecem nas imagens sejam identificados e ouvidos pela PF.

Cappelli assume GSI

Com a queda de Gonçalves Dias, Ricardo Cappelli foi indicado para chefiar o GSI. No Ministério da Justiça e Segurança Pública, o novo gestor da Segurança Institucional ocupava a função de secretário-executivo. Quando o Distrito Federal ficou sob a intervenção federal, ele também assumiu o posto de interventor.

(band.uol.com.br)

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