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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Financiamento de projetos para Amazônia deve levar em conta população local

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As alternativas de fomento público e privado para o desenvolvimento da região e de projetos de alto impacto e de conservação e a importância de levar em conta os benefícios à população local. Esses foram os temas debatidos nesta quarta-feira (26), em evento online, no segundo encontro preparatório ao Fórum Mundial Amazônia+21. O fórum, que será realizado em novembro, é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para o desenvolvimento sustentável da região amazônica e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal.

A primeira parte do diálogo desta quarta, com mediação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Marcelo Thomé, teve a participação dos painelistas Alexis Bastos (Rio Terra), Julia Ambrosano (Climate Bonds), Eugênio Pantoja (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – Ipam), Victor Salviati (Fundação Amazônia Sustentável – FAS) e Gabriel Azevedo (Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID).

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O presidente da FIERO, Marcelo Thomé iniciou falando das pressões sobre a Amazônia. Lembrou que o fórum tem como proposta promover o diálogo a partir de eixos temáticos cujo objetivo é identificar caminhos e soluções para o desenvolvimento sustentável de tão importante bioma. Thomé ressaltou a importância de se identificar os entraves e definir estratégias efetivas para o desenvolvimento da região mediante ações integradoras. Segundo ele, o Amazônia+21 e seus parceiros defendem esta bandeira. “A meta é promover o desenvolvimento sustentável da região, disse.

Já Alexis Bastos, da organização Rio Terra, citou o comprometimento com a Amazônia das instituições presentes ao evento. “Sabemos que os entraves para investimentos são muitos, mas essas instituições aqui representadas podem orientar e ajudar a resolver”, disse. Ele destacou ainda as principais condições para a obtenção recursos para projetos na região.

“É importante mostrar aos investidores potenciais as regras claras do jogo, estabelecer uma boa comunicação, oferecer segurança jurídica, transparência nas informações, pois as pessoas querem dados. Outro ponto é o planejamento. Para alguns, pode parecer fácil, no entanto, dentro da Amazônia existem outras Amazônias”, destacou.

Na sequência Eugênio Pantoja, do Ipam, ressaltou a importância de pensar nos moradores da região. Ele disse que a Amazônia precisa de uma visão geral e integrada para alavancar seu desenvolvimento, mas através de ações geradoras de benefícios para os povos que lá vivem. “Eventos como o Amazônia+21 são nichos abertos ao diálogo com o objetivo de buscar alternativas para o desenvolvimento sustentável da região. É este o desafio, ou seja, manter a floresta, mas sem esquecer as pessoas que habitam as comunidades da região”, declarou.

Victor Salviati, da FAS, fez uma advertência: “Se continuarem os desmatamentos e queimadas, dentro de três ou cinco anos teremos um ciclo de destruição que não vai afetar apenas a Amazônia, mas todo o mundo”. “Os problemas podem se tornar irreversíveis É imprescindível enfrentar estes problemas simultaneamente, tudo ao mesmo tempo. A floresta tem valores, e vão além dos monetários. Tem valores culturais, que também precisam ser preservados, assim como as comunidades da região”, falou.

De acordo com Julia Ambrosano, da Climate Bonds Initiative, o fomento pode vir através das atividades patrocinadas pela aquisição de Títulos Verdes. Mas é necessário firmar parcerias e identificar oportunidades de negócios, advertiu. Os Green Bonds ou Títulos Verdes, são similares aos títulos de dívida comuns, com a diferença essencial de que só podem ser usados para financiar investimentos considerados sustentáveis.

Por exemplo, investimentos em infraestrutura de energia limpa e renovável, transporte verde e projetos capazes de reduzir emissões e o consumo de água, energia e matérias-primas. Os Títulos Verdes são uma alternativa de investimento a longo prazo que contribui para o futuro do planeta, por meio da preservação do meio ambiente e estímulo do desenvolvimento sustentável. Além disso, podem ser um importante instrumento para alavancar novos projetos e tecnologias dentro das organizações, destacou.

Já Gabriel Azevedo, do BID, lembrou que o BID tem inserção forte na região, inclusive atuando nos setores de infraestrutura, energia, turismo, agronegócios, e buscando alinhamento no processo de desenvolvimento. Segundo ele, não faltam conhecimento e tecnologia. “É fundamental esquecer a retórica do fazer o mínimo e partir para trabalhar o máximo. É preciso que haja uma governança para efetivar as ações como parte de uma cadeia, não apenas nacional, mas global, com a participação do setor privado, que pode ter papel fundamental neste processo, focado, claro, na equação do máximo”, disse.

Próximos encontros preparatórios ao Amazônia+21

Outros encontros virtuais serão realizados como parte dos preparativos para o Fórum Amazônia +21, que ocorrerá nos dias 4, 5 e 6 de novembro deste ano. A iniciativa tem o intuito de estimular debates sobre os desafios e as soluções para a Amazônia a partir de quatro eixos temáticos: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas e ciência, tecnologia e inovação.

Nos dias 23 de setembro e 14 de outubro acontecem mais dois debates prévios. Todas as discussões serão vinculadas aos quatro eixos temáticos do fórum.

Instituições estrangeiras estão abertas para investir em projetos na Amazônia

Integração da infraestrutura e a apresentação de projetos robustos para aquisição de financiamentos foram a tônica da segunda rodada de debates do encontro preparatório ao Fórum Amazônia+21, que ocorreu em encontro online nesta quarta-feira, 26. Sob o título “Cooperação internacional, fomento e mecanismos de alavancagem para o desenvolvimento da região amazônica”, esse segundo painel teve a mediação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, que também preside a Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH).

Participaram destas discussões, Igor Calvet, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Ignacio Ibañez, da União Europeia no Brasil (EEAS); Morgan Doyle, do BID; e Petrônio Cançado, do BNDES.

A partir das respostas a perguntas uniformes feitas a todos os palestrantes, pode-se concluir que as instituições financeiras estrangeiras estão abertas a investir em novos projetos em todo território amazônico. A região congrega nove países. No Brasil, sua área territorial compreende 60% do território nacional. E deste percentual, 85% é composto por área nativa.

Igor Calvet, da ABDI, disse que é necessário investir em inovação. “É importante que os processos produtivos passem pela inovação, seja do ecossistema, pensando na bioeconomia. Também é necessário apoiar os projetos de manufatura 4.0 na região”, afirmou.

Ignácio Ibañez, da União Europeia, disse que a Europa neste pós-pandemia está comprometida em duas grandes prioridades, que são o pacto digital e o pacto verde. Este último, segundo ele, também voltado para investimentos com países parceiros. “O Brasil é um dos nossos principais parceiros e estamos abertos ao diálogo que venha a resultar em aporte de recursos”, completou.

Morgan Doyle, do BID, ressaltou que o diálogo com todos os governos que integram a Pan-Amazônia é capaz de atrair e criar um mercado mais amplo e diversificado. “O desafio é avançar em infraestrutura na América Latina e Caribe, por exemplo. É necessário que se entenda que se deve investir mais e melhor em ciência e bioeconomia”, defendeu.

O diretor de Projetos do BNDES, Petrônio Cançado, disse que o banco está aberto para receber os projetos para a região. Ele citou investimentos projetos sustentáveis baseados em quatro pilares: nas pessoas, na floresta e sua biodiversidade, na infraestrutura e na regularização fundiária. “Fazendo essa conjunção, poderemos agregar ainda outras instituições financeiras, sejam elas de fomento, privadas ou públicas, para que haja investimentos verdes na região”, disse.

Próximos encontros preparatórios ao Amazônia+21

Outros encontros virtuais serão realizados como parte dos preparativos para o Fórum Amazônia +21, que ocorrerá nos dias 4, 5 e 6 de novembro deste ano. A iniciativa tem o intuito de estimular debates sobre os desafios e as soluções para a Amazônia a partir de quatro eixos temáticos: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas e ciência, tecnologia e inovação.

Nos dias 23 de setembro e 14 de outubro acontecem mais dois debates prévios. Todas as discussões serão vinculadas aos quatro eixos temáticos do fórum.

Saiba mais sobre O Fórum Internacional Amazônia+21 pelo site: https://amazonia21.org/. O evento é promovido pela Fiero, em conjunto com a Prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Assessoria de Comunicação Social da FIERO

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