Depois de 80 dias de ações voltadas para a retomada e modernização de programas sociais essenciais em áreas como segurança, combate à fome, habitação, educação, saúde e igualdade de oportunidades, o Governo Federal se prepara para o anúncio de um programa nacional de desenvolvimento focado em infraestrutura.
“Quando formos anunciar o que aconteceu nos 100 dias, vamos apresentar um outro programa de desenvolvimento para esse país. Nós temos de fazer estradas, fazer pontes, fazer ferrovias, cuidar de saneamento, cuidar do tratamento da água, da saúde, da educação, tem tudo para fazer. Eu fui eleito para fazer. Eu vou fazer”, – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Em visita ao Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o marco de 100 dias de gestão será dedicado a esse anúncio. “Quando formos anunciar o que aconteceu nos 100 dias, vamos apresentar um outro programa de desenvolvimento para esse país. Nós temos de fazer estradas, fazer pontes, fazer ferrovias, cuidar de saneamento, cuidar do tratamento da água, da saúde, da educação, tem tudo para fazer. Eu fui eleito para fazer. Eu vou fazer”, afirmou o presidente.
Em Itaguaí, o presidente conheceu o submarino Humaitá (S-41), o segundo de quatro embarcações construídas no país a partir de uma parceria estratégica entre Brasil e França consolidada em 2008, no segundo mandato de Lula. A previsão é de que o Humaitá entre em operação no segundo semestre de 2023. Para o presidente, o investimento no setor de Defesa repercute em várias áreas da economia e do desenvolvimento do país.
“Uma forte indústria de Defesa contribui com a articulação das nossas Forças Armadas. Quanto mais preparada ela estiver, mais vai cuidar da nossa soberania, da nossa fronteira, do nosso espaço aéreo, da nossa floresta, das nossas riquezas minerais”, disse Lula.
Segundo o presidente, a indicação que ele tem dado à equipe é para pensar a partir de pontos de vista de resolução de desafios. “Se não tem dinheiro para tudo, vamos ter de arrumar. Se não tem dinheiro e existem fundos que não estão sendo utilizados, vamos tentar utilizar. Se não tem dinheiro do Orçamento, vamos buscar Parcerias Público-Privadas para que a gente possa fazer os investimentos que o Brasil precisa”, afirmou o presidente.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO — Estruturado como um programa de desenvolvimento científico e tecnológico, o ProSub integra capacitação de mão de obra especializada e incentivo à indústria brasileira e prioriza a aquisição de componentes fabricados no país.
O programa tem como meta a fabricação do primeiro submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear (SCPN) e a construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que engloba estaleiros, a Base Naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) no município de Itaguaí (RJ).
O primeiro submarino construído no programa foi o S-40 Riachuelo. O segundo é o Humaitá (S-41), visitado nesta quinta. Outros dois, o Tonelero (S-42) e o Angostura (S-43), entram em operação até o fim de 2024. Além de representar um dos maiores programas estratégicos da Defesa, o ProSub tem impacto significativo na economia, com mais de 60 mil empregos diretos e indiretos e envolvimento de 700 empresas.
“Quando enxerguei a necessidade de desenvolver uma indústria de defesa no país, é porque em todos os países ela contribui com a economia como um todo, além de preparar de forma mais sofisticada, com conhecimento científico e tecnológico, as nossas Forças Armadas e o próprio país”, disse Lula.
Comandante da Marinha, o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen explicou que a parceria tem alcances sociais significativos e que o Brasil tem vocação para o desenvolvimento e uso da tecnologia nuclear em setores como saúde, segurança alimentar e segurança hídrica.
Na visita, também estiveram presentes os ministros José Mucio (Defesa), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional), além da embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet.