Por Marcelo Thomé*
A industrialização no Brasil começou na Era Vargas (1930-1945) e se expandiu no governo presidencial de Juscelino Kubitschek (1956-1961). A indústria constitui atualmente um dos grandes alicerces da economia e podemos afirmar que não há vida em sociedade sem uma industrialização produtiva.
A indústria brasileira tem 91 anos, caminhando para o primeiro século.
A data, estabelecida via decreto pelo ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, foi escolhida para homenagear o empresário Roberto Simonsen, considerado o patrono da indústria nacional e é celebrada todo dia 25 de maio em todo o País.
No próximo setembro, a Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO) completa 35 anos.
Em Rondônia, a indústria oferece 41,6 mil postos de trabalho. Destes, 9,5 mil são na construção civil, representando 17,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Nascemos em 1986, em pleno ciclo do ouro no Rio Madeira. De lá para cá vivemos pelo menos outros dois ciclos: o da indústria madeireira e o das hidrelétricas.
O auge do ciclo madeireiro passou, como acontece em todo estado em fase de desenvolvimento.
Já o das hidrelétricas do Madeira deixou um importante legado e contribuição para a industrialização da porção Norte de Rondônia – Porto Velho e seus distritos, além de Candeias e Itapuã.
Neste 25 de maio, comemoramos a labuta e o êxito do grande leque de das – da construção civil à cerâmica, ao ferro, gêneros alimentícios, leite, carne e beneficiadoras de grãos.
Na condição de setor secundário da economia, constituímos o grande agente transformador de matérias-primas em produtos para o consumo diário, propiciando à sociedade em geral condições de subsistência, comodidade e conforto.
E temos razão para celebrá-lo: em 2018, na análise do Mapa Estratégico da Indústria até 2022, esse segmento pontifica as relações de trabalho. Debatidos os marcos significativos, entre os quais, a terceirização e a modernização das leis do trabalho, com a aprovação da Lei nº 13.467/17, e passada a pior fase da pandemia mundial da covid-19, resta-nos analisar possíveis incertezas e propiciar cenários para aplicação da Lei em busca de melhores resultados para trabalhadores e patrões.
De janeiro a abril de 2021, Rondônia exportou US$ 595,4 milhões e a indústria contribui com 0,8% desse volume. Fomos o 16º estado brasileiro no ranking das exportações no período de janeiro a abril, enquanto importamos US$ 212,5 milhões.
Na movimentação geral das importações, totalizando US$ 807,9 milhões, a participação da indústria foi no percentual de 0,3%. Resultando tudo isso no saldo de US$ 382,9 milhões, um superávit comercial obtido entre janeiro e abril.
Ficamos em 19º lugar no ranking das importações.
De todos os produtos produzidos e industrializados em Rondônia negociados com mais de 150 países, a carne bovina fresca, resfriada e congelada representou 32% na pauta exportadora; a madeira, 3,5%. Nosso principal parceiro comercial é a China.
Em que pesem todos os percalços, temos muitos motivos a comemorar.
Assim, a FIERO deseja a todos que este Dia da Indústria nos leve a refletir sobre a caminhada da indústria rondoniense nesses 35 anos e delimitar o objetivo que almejamos alcançar.
Aos industriais, aos industriários e suas famílias, muitas delas, partícipes do êxito do setor há longos anos, nosso sincero reconhecimento.
Aos técnicos que tanto colaboram, confiam e se dedicam a esse segmento fundamental para o desenvolvimento socioeconômico rondoniense, nossa congratulação e desejo de que continuaremos avançando, para o progresso de Rondônia e do Brasil.
Presidente da Federação das Indústrias de Rondônia