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segunda-feira, dezembro 23, 2024

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Idaron alerta os riscos da brucelose bovina para a saúde humana

A brucelose é uma zoonose que afeta diretamente o sistema reprodutivo dos animais, causando grandes prejuízos econômicos e de saúde pública.

Em Rondônia, a pecuária tem um papel altamente relevante para a economia. Além da geração de empregos e divisas, o setor se destaca pelo protagonismo em alimentar uma população crescente e cada vez mais exigente no que se refere a qualidade e segurança alimentar. Um dos dados que comprovam essa realidade é o fato de já termos o maior rebanho bovino dentro das regiões brasileiras que são reconhecidas internacionalmente, pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), como área livre de febre aftosa sem vacinação.

Logo, proteger esse patrimônio contra patologias que podem acometer o homem é obrigatoriamente uma ação de Estado. Responsabilidade que o Governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) tem cumprido, juntamente com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Uma das medidas que compreendem as medidas de políticas públicas desenvolvidas pela defesa sanitária animal é a educação sanitária. Orientação continuada que a Idaron faz ao produtor rural, quanto a importância das vacinações das fêmeas bovinas e bubalinas contra a brucelose. Doença que é altamente prejudicial aos rebanhos, à economia e que apresenta graves problemas de saúde pública.

Todas as ações de prevenção contra essa doença são desenvolvidas conforme regulamente do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). Um trabalho árduo que, com apoio da iniciativa privada, tem obtido resultados consideravelmente positivos em Rondônia. “Entre 2003 e 2018, por exemplo, o número de bezerras vacinadas contra brucelose aumentou de 285,6 mil para 1,6 milhões respectivamente”, destaca o coordenador estadual do PNCEBT em Rondônia, Adelmar Rocha.

Vale destacar que a vacina contra a brucelose é altamente contagiosa ao ser humano, pois contém o vírus vivo, ou seja, qualquer acidente na manipulação do imunizante poderá haver a contaminação. Devido a esse fato, as vacinas são de controles oficiais e deverão ser realizadas somente por veterinários e auxiliares devidamente treinados e cadastrados na Idaron.

Deve – se ter todo o cuidado no descarte dos frascos, seringas e agulhas usadas na vacinação, bem como na eliminação dos restos fetais jogados na natureza, que podem resultar na contaminação ao humano e de outros animais. “A transmissão da brucelose também pode ser através do leite, carne e derivados contaminados consumidos in natura, além da manipulação, no transporte da carne, em açougues, frigoríficos, abatedouros municipais e matadouros clandestinos”.

Hoje, em todo o estado, Rondônia possui cerca de 520 Médicos Veterinários e 3,5 mil auxiliares cadastrados para realizar a vacina contra a brucelose.

De acordo com a Portaria Idaron nº 65 de 19/02/2010 e Instrução Normativa Mapa nº 10 de 03/03/2017 é obrigatória a vacinação contra brucelose das fêmeas bovinas com idades entre 3 e 8 meses com a vacina B19 e ou a RB51.

Na administração da vacina B19 é obrigatória a todas as fêmeas bovinas e bubalinas que estão entre os 3 e 8 meses de idade, uma única vez. Lembrando que é proibida a vacinação de machos de qualquer idade e de fêmeas com idade inferior a 3 e superior a 8 meses.

Já a vacina RB51 poderá substituir a vacinação obrigatória da B19 e ser administrada em fêmeas bovinas entre 3 e 8 meses, como também, vacinar as fêmeas bovinas acimas dos 8 meses de idade.

Essa vacina também é proibida para em machos bovinos e bubalinos, fêmeas bovinas e bubalinas abaixo dos 3 meses de idade e fêmeas bubalinas.

As fêmeas vacinadas com B19 deverão ser marcadas a ferro candente com o algarismo final do ano da vacinação, no lado esquerdo da cara. Já as fêmeas vacinadas com RB51 deverão ser marcadas a ferro candente com a letra V, no lado esquerdo da cara.

“Fêmeas com registro genealógico, devidamente identificadas, ficam excluídas da obrigatoriedade da marcação a fogo, sendo que deverá ser utilizado modelo específico de atestado de vacinação”.

Lembrando que o atestado é emitido pelo Médico Veterinário cadastrado e entregue ao produtor para declarar a vacinação contra brucelose na Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) Idaron mais próxima.

Fonte: Assessoria

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