A queda de um drone MQ-9 dos Estados Unidos, supostamente provocada por dois caças da Rússia SU-27 Flanker, adicionou na última terça-feira (14) mais um episódio problemático à difícil relação entre Washington e Moscou, agravada desde o início da guerra na Ucrânia.
Enquanto norte-americanos afirmam que drone foi derrubado, russos se defendem e dizem que veículo não tripulado dos EUA caiu sozinho no mar Negro.
O incidente entre as duas maiores potências militares do mundo suscitou o temor de um grande conflito armado, uma espécie de Terceira Guerra Mundial. Entretanto, para os especialistas entrevistados pelo R7, Washington e Moscou estão muito longe de um confronto deste tipo.
O professor de relações internacionais da ESPM Gunther Rudzit desacredita que os Estados Unidos devam utilizar armas para lidar com este episódio dos caças russos.
“Não acredito que o governo americano vai responder militarmente, que é justamente evitar essa escalada. [Washington] não quer o enfrentamento entre as duas forças [armadas] porque isso levaria a uma guerra termonuclear que acabaria com a vida na Terra como a gente conhece”, explica Rudzit.
Pelo drone norte-americano não ser tripulado, o professor de relações internacionais da Facamp James Onnig acredita que as futuras ações dos Estados Unidos serão mais brandas.
“Como não houve nenhuma baixa humana, como não houve sacrifício humano nessa história, talvez isso amenize um pouco a reação, mas afirmo: os EUA vão engrossar a voz”, ressalta Onnig.