O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou na segunda-feira (19) que todas as casas noturnas inglesas e outros estabelecimentos com grandes públicos exigirão que clientes apresentem prova de vacinação completa a partir do fim de setembro.
Os baladeiros se reuniram nesta segunda-feira para os primeiros eventos de música ao vivo sem restrições desde o começo da pandemia da covid-19. O governo reabriu boates e retirou quase todas as medidas contra o coronavírus na Inglaterra, apostando que a vacinação em massa evitará uma nova onda letal da covid-19.
Mas horas depois, Johnson anunciou que pessoas que não estiverem totalmente vacinadas, incluindo aquelas que não receberam as duas doses, seriam barradas nas casas noturnas.
A decisão acontece após grandes surtos relacionados a casas noturnas em outros países, como Holanda e Israel, onde as autoridades foram forçadas a fechá-las novamente.
“Posso alertar agora que, até o fim de setembro, quando todos com mais de 18 anos tiverem a chance de receber as duas doses, estamos planejando tornar a vacinação completa uma condição para entrar em casas noturnas e outros estabelecimentos com reunião de grande público”, disse Johnson, em entrevista coletiva.
“Prova de um teste negativo não será mais suficiente”.
Kate Nicholls, executiva-chefe da associação comercial UKHospitality, disse que o anúncio é um “duro golpe” para uma indústria em dificuldades. Ela afirmou que a decisão representa o risco de criar pontos de conflitos entre funcionários e clientes.
“Ainda semana passada o governo pediu que trabalhássemos com eles de maneira voluntária, então essa nova política é devastadora”, disse.
O principal conselheiro científico do Reino Unido, Patrick Vallance afirmou que casas noturnas e outros locais fechados podem ser “eventos potencialmente superdisseminadores” por causa do contato próximo entre a multidão.
“Eu prevejo que, com a abertura das casas noturnas, continuaremos a ver um aumento em casos, e também vamos ver surtos relacionados a específicas casas noturnas”, disse.
Johnson afirmou que o governo não planeja uma exigência similar para pubs. “Eu certamente não quero ver passaportes (de vacina) para pubs”, disse. (Agência Brasil))