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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Irmãos Batista voltam ao cenário político com apoio de Lula e do STF

Empresários estão no centro do tabuleiro político de Brasília e cada vez mais ricos.

Reprodução/Conjur

DO REPÓRTERMT – PAPO RETO / DEU NO UOL

Após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender o pagamento da multa de R$ 10 bilhões do acordo de leniência entre o grupo J&F, controlado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, e a Procuradoria-Geral da República (PGR), em dezembro do ano passado, os negócios da família vão de vento em popa.

Ao contrário das empreiteiras denunciadas nas investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato, os irmãos Batista retomaram o prestígio político no governo do presidente Lula.

Viajaram para a China com o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura; estiveram reunidos com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; com o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta; e já tiveram até mesmo agenda com o presidente da República, no Palácio do Planalto.

Decretos do Governo Federal, especialmente no setor da energia, também ajudam os irmãos a diversificarem os seus negócios.

Quando assinaram o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2017, a receita líquida das empresas da família Batista era de R$ 163,2 bilhões. Em 2024, esse valor já está em R$ 364 bilhões.

Foi Joesley quem gravou o então presidente Michel Temer (MDB) indicando o deputado Rodrigo Rocha Loures para receber uma mala com R$ 500 mil para que o chefe do Executivo Federal ajudasse o grupo J&F em uma questão específica. Foi nessa mesma conversa que Temer disse a famosa frase “Tem que manter isso, viu?”, quando foi informado que Eduardo Cunha e Lúcio Funaro estariam recebendo uma mesada para ficarem calados.

Atualmente, a holding J&F mantém participações nas seguintes empresas: JBS (frigorífico); Flora (higiene e limpeza); Eldorado Brasil (papel e celulose); Banco Original; Canal Rural (emissora de TV); Âmbar Energia; PicPay (fintech); LHG Mining (mineradora); e Fluxus (óleo e gás).

Esse jogo de interesses que trouxe a família Batista de volta ao protagonismo político é detalhado em reportagem publicada nesta quinta-feira pelo portal UOL. Veja a íntegra clicando aqui.

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