O município de Ji-Paraná recebeu a certificação da eliminação da transmissão vertical de HIV, que é quando o vírus é transmitido da mãe para o bebê, na gestação, parto ou durante a amamentação. A cerimônia foi realizada pelo Ministério da Saúde (MS). na quarta-feira (7), em Brasília (DF).
O reconhecimento público foi concedido após o município ser uma das 27 cidades, em todo o país, a atingir, dentro do seu território, as metas estabelecidas pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O gerente-geral do Departamento de Média e Alta Complexidade (DMAC) da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Relrisson de Souza Soares, a enfermeira responsável técnica da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Márcia Gisele Peixoto, e a enfermeira responsável pelo Serviço de Assistência Especializada em Infecções Sexualmente Transmissíveis (SAE-IST), Luciana Santana Martins, representaram Ji-Paraná na cerimônia de certificação.
“A certificação é um reconhecimento do trabalho em conjunto de nossas equipes de Saúde, que reforçam o compromisso em ofertar o melhor atendimento possível à nossa população”, afirmou Relrisson de Souza Soares.
Desde 2017, apenas São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Umuarama (PR) haviam recebido a certificação em relação à transmissão vertical. Os três municípios mantiveram o reconhecimento e, agora, se somam às 24 novas cidades, entre elas Ji-Paraná, que alcançaram as metas da OPAS.
O Ministério da Saúde ainda distribuiu mais de 40 títulos, em diferentes modalidades de selos, entre eles certificados de boas práticas aos municípios que, mesmo não tendo atingido a eliminação, avançaram nas estatísticas sobre o assunto, diminuindo a incidência de crianças infectadas.
No início de novembro, técnicos da equipe de validação do Ministério da Saúde estiveram em Ji-Paraná, com a intenção de analisar e conhecer o trabalho executado no município, para verificar se as práticas estavam de acordo com as metas determinadas pela OPAS e OMS.
“Entre os critérios analisados pela equipe do MS, estão a assistência pré-natal e o acompanhamento durante o parto e nos primeiros 18 meses de vida da criança, além do atendimento prestado às pessoas portadoras de HIV, entre outros fatores”, afirmou a secretária da Semusa, Wanessa de Oliveira e Silva.
As visitas foram realizadas para entrevistar os profissionais de saúde que prestam assistência às mulheres portadoras de HIV e ao serviço de Vigilância Epidemiológica do município. Nelas, os técnicos certificaram se as informações que os serviços inserem nos sistemas de informações do Ministério da Saúde estão em conformidade com a realidade local.
Fotos: André Negrete