“Há 40 anos não via o Machado tão seco como atualmente”, declarou na manhã desta terça-feira (20/8), Lucenir Saldanha, responsável pela medição diária do principal rio da cidade. O nível considerado limite para pequenas embarcações é de 6,28m. Para ele, o principal motivo dessa baixa é a falta de chuvas.
Em decorrência do período de verão, uma das áreas mais afetadas é a pesca. Segundo o presidente da Associação de Pescadores Colônia Z-9, Manoel Batista, esse ano, a categoria está sofrendo bem mais que nos anos anteriores. “Percebemos que o rio baixa o seu nível diariamente e, isso, nos prejudica muito”, lamentou. Ainda segundo ele, com o nível da água muito baixo os peixes acabam se refugiando nos pontos mais profundos, dificultando a pesca e a sua própria reprodução. A situação, também, impacta no preço do pescado.
Área parte baixa da ponte do Rio Machado em Ji-Paraná (Foto/Arquivo)
Urupá
Ainda durante esta manhã, o gerente da unidade da Companhia de Águas e Esgoto (Caerd), Fernando Rodrigues, disse que a situação do Rio Urupá, responsável pelo o abastecimento da cidade, é preocupante. “Ainda estamos conseguindo captar a quantidade normal de abastecer o sistema, mas, já estamos nos preparando para a instalação de uma boia, caso o nível continue baixando”, declarou.
Fernando Rodrigues ainda lembrou que a seca do Rio Machado também impacta na situação do Urupá. Outra situação causada pela seca no Estado é quanto à sobrecarga de energia, resultando em pisco e, consequente desligamento do sistema que em média leva 30 minutos para a sua normalização.
Economizar
Concluindo, Fernando Rodrigues pediu aos consumidores que economizem o máximo possível o uso de água. “Ainda estamos mantendo a intermitência no segundo distrito. Essa baixa geralmente era vista apenas na reta final do período de seca. Ainda faltam quase dois meses para o início do chamado inverno amazônico”.
J Nogueira/PortalSGC