Foi confirmado nesta terça (27) o assassinato de dois jornalistas espanhóis que foram sequestrados um dia antes em Burquina Faso, enquanto produziam um documentário sobre a caça ilegal de animais selvagens no país do noroeste africano.
David Beriain e Roberto Fraile estavam em uma zona fronteiriça com o Benin onde há forte presença de caçadores ilegais, grupos terroristas e jihadistas.
Os jornalistas foram sequestrados enquanto acompanhavam uma operação contra a caça ilegal que contava com cerca de 40 policiais. Segundo informações iniciais, um grupo ainda mais numeroso de homens fortemente armados realizou uma emboscada e sequestrou diversas pessoas que participavam da operação.
Especializado em coberturas feitas em zonas de alto risco, David Beriain nasceu em 1977 e já havia feito a série documental Clandestino, sobre as organizações criminais mais perigosas do mundo. Um dos episódios mostrou a indústria de sequestros nas Venezuela. Outras investigações da série incluíram países como Itália, Albânia, México, Guatemala, El Salvador e Colômbia.
Já Roberto Fraile tinha 47 anos e era um videomaker freelancer com experiência em áreas de conflitos armados. Em 2012 ele se feriu na cidade de Alepo ao cobrir o conflito na Síria. Operado de urgência em um hospital da cidade, naquela ocasião ele acabou evacuado para a Turquia.
Os dois profissionais foram ouvidos no documentário Morrer para contar, de 2017, no qual repórteres de guerra contam suas piores recordações profissionais.
(Redação Portal IMPRENSA) )