Vale do Anari – Os seringueiros do Vale do Anari e do município de Machadinho do Oeste, em Rondônia, encontraram uma forma de explorar economicamente as seringueiras nativas das reservas extrativistas da região, sem prejudicar o meio ambiente. Eles extraem o látex in natura das árvores e o aplicam numa base de pano, fabricando o material que está sendo chamado de tecido da floresta. O produto foi a evolução do saco defumado, tradicionalmente usado pelos seringueiros.
O tecido da floresta se destaca pela beleza e pela versatilidade, podendo ser usado na confecção de roupas, nos acessórios de modo em geral e na decoração de ambientes. De acordo com o presidente da Cooperativa dos Povos da Floresta da Amazônia, Erni Santos Lima, a durabilidade média do tecido é de cinco anos. Cada manta, medindo aproximadamente 0,80 x 1,20 m, custa R$ 20,00.
Mercado da floresta
O tecido fabricado pelos seringueiros de Rondônia será exposto na Feira Mercado da Floresta, que será realizada no período de 5 a 8 de novembro, na oca do Ibirapuera, em São Paulo.Também estarão participando da feira expositores do Acre, do Tocantins, do Amazonas, de Roraima, do Amapá e do Pará, com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas (Sebrae).
Além do tecido da floresta, Rondônia participará da Feira com as biojóias, que estão se tornando atrativas para consumidores e empresas do ramo de arte e de artesanatos. Também será apresentado o mel de abelhas, que está em processo de franca expansão. Entre as finalidades da feira está a de mostrar o que economicamente se consegue com a preservação ambiental.