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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Livre do verme da morte

Por  Geraldo Gabliel 

 

Livre do verme da morte

Os vermes comem a minha carne, o meu corpo.E, eu estou vivo, vivinho.
Fujo de casa, fujo da festa, tentando assim, fugir dos vermes, fugir de mim, mas…
Eles me acompanham. Pobre mortal que sou eu! Pobre alma! comido vivo pelos vermes…
Sei que, quando a gente morre, aí sim o meu corpo é dado, pelos viventes, como um banquete aos vermes – quando eu morrer! – mortinho, amém!?
Mas, estou vivo, vivinho…
Não lhe parece que estes vermes estão assimm, um tanto apressadinhos?
E eles sabem que eu estou vivo (acho até que alguns vermes nos comem vivos e, outros nos comem mortos – não sei se todos são carnívoros, e gostam de carne humana… ah! Eles comem as plantas também; outros: animais – tudo que é orgânico, ou… alguém me disse que existem vermes até no espaço sideral – e, comem até pedra). Assustador né?!
E eu aqui pensando: – a gente vive num mundo em que todos estamos, e vivemos, apressados. O mundo todo está apressado… Estariam os vermes também apressados em devorar-me enquando vivo? ainda eu estando vivinho da Silva?
Ah verme maldido! Vou contar-lhes um segredo:
-…Sabia que nem todas as pessoas serão petisco de vermes? – Saiba que muitas pessoas – muiitaa gente mesmo – não experimentarão a degradação do corpo, da alma – e, a morte? E eu quero ser uma dessas pessoas – ter um corpo transformado noutro corpo – incorruptível, glorioso. (Você também né?) Não haverá mais nenhum verme – nenhum mesmo – que poderá corroer meu corpo glorificado – presente do Criador – num momento muito especial em que seremos transformados num “abrir e piscar de olhos”, e este corpo corroído pelo verme do pecado – Aleluia! – receberá o antídoto contra todo o mal e consequências desses vermes malignos e, estará preparado para a Vida eterna no reino do seu Senhor.
Aleluia! outra vez.. Forever Young!

Voilà!

Geraldo Gabliel

Num momento de reflexão sobre a temporalidade da vida.

 

E, uma poesia…

Realidade Nua

Quero imergir nos sonhos
de uma realidade nua:
Que insiste, em ocultar-me
à face, os seus segredos
Que leva em si, atados,
minha alma, meus degredos

Que me faz de hébrio,
ou infante ingênio,
Piamente crendo, e vendo
O arbítrio isento – ausente
Do viver em glória
Na potente aurora – fugaz!

De potência inerte, o ego
Solto em minha, na sua
Razão e lógica – sentencia
o ser revolto, mudo
Na eloquência infame
Silencia o grito – controverso
Num: – Amém! Mal-dito
Em sussuro e verso.

Geraldo Gabliel

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