A partir de agora todo o diesel utilizado no País deve conter 2% de biodiesel, composto produzido a base de óleo de soja, mamona, girassol, dendê, babaçu e até sebo. A exploração deve beneficiar milhares de pequenos produtores do Brasil, diminuir a carga poluidora lançada no ar e a importação de diesel proveniente do petróleo.
A mistura do biodiesel também deve beneficiar o País na produção de energia gerada a diesel. A expectativa é a de que o Brasil se torne um dos maiores produtores de energia, em decorrência dos produtos utilizados ser renováveis e encontrados com abundância na natureza.
Para se ter idéia dos impactos que poderão ser minimizados, a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia) utiliza seis milhões de litros de diesel por mês para gerar energia para os distritos da Ponta do Abunã e Baixo Madeira e alguns municípios da zona da Mata (região central de Rondônia). Isso significa que 120 mil litros serão de biodiesel. “E menos poluição lançada ao ar”, diz Marcelo Villa Rios, que faz parte da equipe de operação de sistemas da Ceron.
Na semana passada a empresa Petrobras divulgou o lançamento nacional do biodiesel e em São Paulo, a primeira frota de ônibus experimentou circular utilizando a mistura B30. Com o biodiesel, especialistas acreditam que o custo da energia e do combustível possam ficar estabilizados nos próximos anos. Em Rondônia, o grupo Gurgacz, de Ji-Paraná, se prepara para fornecer sebo bovino para a produção de biodiesel.
B2
A mistura que contém biodiesel mais difundida no país é o B2, óleo diesel com 2% do combustível em sua composição. Atualmente, 3.287 postos revendedores da Petrobras comercializam a mistura. A meta da empresa é a de que, até julho de 2007, todo o diesel distribuído por ela no país seja composto por 2% de biodiesel.
O uso da mistura, segundo Ivonice Campos, diretora técnica da empresa B100, reduz em 40% a carga poluidora (reduzindo, por exemplo, a emissão de fuligem e enxofre) e diminui a importação de diesel proveniente do petróleo.