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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Madrasta é condenada a mais de 30 anos de prisão por matar criança e jogar corpo dentro de poço

Reprodução

A madrasta acusada de matar o enteado identificado como Alfredo, de dois anos, e jogar o corpo em um poço no município de Cerejeiras (RO), foi condenada na quinta-feira (07), a 34 anos e seis meses de prisão. O crime ocorreu em fevereiro deste ano e a irmã do garoto foi a principal testemunha de acusação.

Vera Lúcia, de 45 anos, foi condenada pelo crime de homicídio doloso, com qualificadoras de motivo fútil e uso de meio cruel, além de ocultação de cadáver. O crime foi agravado pela impossibilidade de defesa da vítima menor de 14 anos. De acordo com a sentença, após cometer o crime, a ré ainda teria tapado o poço para esconder o corpo.

A condenação levou em consideração o depoimento da irmã da vítima, que relatou que tanto ela quanto o irmão eram frequentemente agredidos pela madrasta na ausência do pai. No dia do desaparecimento, a menina contou que a madrasta levou os dois para um sítio e pediu que ela fosse buscar limões. Antes disso, a mulher teria deixado Alfredo próximo ao poço, mas quando a menina retornou, não encontrou o irmão.

Segundo a testemunha, a madrasta agredia Alfredo com frequência antes do banho e o repreendia, dizendo que ele era “teimoso”. A garota também afirmou que ouviu a mulher dizer ao telefone que “iria tirar a vida da criança”.

Após a sentença ser decretada, Vera Lúcia foi levada para a Cadeia Pública de Colorado do Oeste (RO), onde cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.

Alfredo, de dois anos, foi encontrado em um poço com cerca de 10 metros de profundidade, em fevereiro de 2024, na zona rural de Cerejeiras (RO). A madrasta, foi presa em flagrante por ocultação de cadáver.

De acordo com a Polícia Civil, o desaparecimento da criança foi inicialmente tratado como um caso de pessoa desaparecida. Durante as buscas, o corpo foi localizado no poço, já em estado avançado de decomposição, indicando que a criança estava lá há vários dias.

O exame tanatoscópico revelou que Alfredo foi jogado vivo no poço e morreu por afogamento, caracterizado como asfixia mecânica por meio líquido. Apesar do estado do corpo, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a causa da morte.

O corpo foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e entregue às autoridades para análise. A investigação apontou que o crime foi premeditado, com a madrasta agindo de forma fria e cruel.

Fonte: g1 RO

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