O ministro das Comunicações, Fábio Faria, publicou um vídeo de dois minutos e vinte segundos em seu perfil nas redes sociais em que compara o que considerou uma diferença no tratamento dado aos candidatos à presidência Jair Bolsonaro (PL) e a Ciro Gomes (PDT) na sabatina do “Jornal Nacional”, da TV Globo.
Em publicação feita na tarde desta quarta-feira (24/8), Faria começa falando sobre a polarização política no país e propõe uma crítica ao papel da imprensa.
Segundo o ministro, as sabatinas feitas pelo “Jornal Nacional” foram igualmente agressivas com os candidatos Bolsonaro (então no PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). Neste ano, no entanto, ele acredita que houve uma diferença na abordagem realizada nas duas primeiras entrevistas.
Faria apontou números para comparar as
entrevistas de Bolsonaro, na segunda-feira (22/8), e de
Ciro Gomes, na terça (23/8). Com prints de matérias, ele diz que o candidato do PL falou durante 24 minutos e 37 segundos e foi interrompido 43 vezes, enquanto o pedetista falou por 29 minutos e 54 segundos e foi interrompido 11 vezes pelos entrevistadores William Bonner e Renata Vasconcellos.
“Faço um pedido em nome do bom senso: deixe os eleitores escolherem os candidatos e não a imprensa escolher, para que tenhamos eleições tranquilas e civilizadas no país. Que vocês deem o mesmo tratamento a todos os candidatos”, disse o ministro, no encerramento do vídeo.
O ministro já havia publicado críticas à forma como Ciro Gomes foi entrevistado no “Jornal Nacional”. No Twitter, Faria reclamou do que considerou um comportamento debochado e irônico de William Bonner durante sabatina de Bolsonaro.
Entrevistas no Jornal Nacional
Bolsonaro e Ciro na segunda e terça-feira, respectivamente, foram os candidatos ao Planalto sabatinados pelo Jornal Nacional até aqui. Nesta quinta (25/8), será a vez de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB) fecha a semana na sexta (26/8). A ordem dos candidatos foi definida por sorteio realizado em 1º de agosto com a participação de representantes dos partidos
A regra para escolha dos candidatos sabatinados foi definida pelos cinco líderes da pesquisa divulgada pelo Datafolha de 28 de julho. André Janones (Avante), também estava na lista dos entrevistados, mas foi retirado após desistir da candidatura ao Planalto.