O ex-juiz, ex-ministro da Justiça e atual pré-candidato à presidência da República citou o caso do sítio de Atibaia (SP) e lembrou que, apesar do STF ter arquivado o processo, até agora, Lula não explicou porque Odebrecht e OAS bancaram a reforma
Moro citou o caso do sítio de Atibaia (SP) e lembrou que, apesar do STF ter arquivado o processo, até agora, Lula não explicou porque Odebrecht e OAS bancaram a reforma.
Para Sergio Moro, os ataques que a Lava Jato vem sofrendo são a reação daqueles que sempre estiveram ligados com um “modelo de governo baseado na corrupção”.
O ex-juiz reafirma que em todo o seu trabalho à frente do tribunal de Curitiba nunca perseguiu ninguém e sempre agiu de forma “absolutamente imparcial”.
Para Moro, as absolvições de Lula marcaram o início de uma série de “anulações de processos”, o que fez com que o Brasil voltasse a ser tomado pela corrupção.
“Podem não gostar de mim, podem não gostar dos procuradores, mas a corrupção realmente acabou no país? Não acabou, ela está aí. Hoje você não tem ninguém sendo investigado, ninguém sendo preso e não tem ninguém sendo condenado. A gente avançou na Lava Jato e agora tem uma reação enorme do sistema. O que eles querem? A impunidade dos poderosos. Se fosse só o Lula seria grave, mas não é só o Lula”, disse.
Propostas e plano de governo
No Canal Livre, o pré-candidato do Podemos à presidência da República também falou de plano de governo e defendeu as reformas Administrativa e Tributária.
“Nossa proposta é focada na retomada do crescimento econômico. A volta do emprego, crescimento do emprego, aumento de salário, com o tempo com o crescimento econômico. Existe uma série de caminhos para que você atinja esse objetivo. Os brasileiros sabem que propostas de políticos tem que ter racionalidade e ter sentido”, explicou.
Moro disse ainda ser “absolutamente favorável às privatizações”, até da Petrobras, e garantiu que, eleito, vai propor o fim do foro privilegiado, inclusive para o presidente.
“Tenho uma visão mais liberal da economia sem prejuízo e acho de fundamental importância politicas robustas sociais de educação, saúde e segurança e redução das desigualdades sociais, além da erradicação da pobreza”, disse.
Na área social, afirmou que vai manter e até ampliar os programas de transferência de renda, e disse que estuda a criação do que ele chamou de uma “força tarefa”.
“Esses programas de transferências de renda como Bolsa-escola, Bolsa-Família e Auxílio Brasil eles tem que ser mantidos e eventualmente até aprofundados, agora isso não tira as pessoas da armadilha da pobreza. A ideia é pegar as políticas públicas que já existem e fazer chegar para aqueles que mais precisam. Esse é o projeto número um junto com políticas econômicas responsáveis que reduzem a inflação, propiciem a diminuição dos juros, que aumentem o potencial de investimento na infraestrutura para que a gente retome o crescimento econômico”, disse.
Sobre o contrato com o escritório Alvarez e Marsal, Sérgio Moro voltou a repetir que não tem nada a esconder, em relação ao trabalho realizado e aos valores recebidos.
“O meu contrato tem uma cláusula expressa que eu pedi e a empresa prontamente concordou que me proíbe de prestar qualquer serviço para empresa envolvida na Operação Lava Jato. Eu não trabalhei, não prestei um serviço. Quem fala que eu prestei serviço para Odebrecht, mente. Quem prestou serviço para Odebrecht foi o Lula”.
Garantiu também que não há que se falar em “conflito de interesses”, já que nunca atuou nos processos de recuperação das empresas denunciadas pela Lava Jato.
O programa foi ao ar às 20h no BandNews TV e às 23h na Band, na TV e no band.com.br . A apresentação foi de Adriana Araújo. O jornalista Fernando Mitre e o cientista político Fernando Schüler participam com entrevistadores.
(Fonte: band.uol.com.br)