A Polícia Civil de Rondônia, através da Delegacia de Polícia em Ouro Preto do Oeste, investiga o desaparecimento de Susana dos Santos Toledo, de 30 anos, que deixou de fazer contato com seus familiares no final de 2022, no dia do Natal, e a mais de dois meses não dava sinal do seu paradeiro.
Como o benefício que Susana recebe pelo CRAS foi sacado na Caixa em janeiro deste ano, a polícia monitorou a data do pagamento deste mês e constatou que novo saque teria sido feito neste final de semana em uma localidade entre os estados do Paraná e de São Paulo.
Com essa informação, a equipe de investigadores que procura por Susana já pode, preliminarmente, afirmar que ela está viva e essa notícia serve de consolo, considerando que a pessoa sumida saiu de casa dia 25 dezembro por volta das 14 horas; dia 27 de dezembro, terça-feira, por volta de 19 horas, ela visualizou mensagens enviadas por parentes, desligou novamente o aparelho e a partir de então não fez mais contato.
Em um documento de declaração registrado na Promotoria de Justiça de Ouro Preto no outro dia após o registro do sumiço de Susana na Delegacia Civil, no dia 7 de fevereiro de 2023 a mãe de Susana afirma que em 2020, ela teria dito que ia para São Paulo a procura dos seus pais biológicos, mas acabou sendo resgatada pelo Corpo de Bombeiros na BR-364, e foi internada compulsoriamente.
O Correio Central teve acesso a declaração, fornecida pela mãe da mulher desaparecida, onde constam detalhes de que a partir dos 15 anos de idade Susana foi diagnosticada com problemas psiquiátricos e tomou medicação controlada normalmente até os 17 anos.
No entanto, a partir do momento que engordou e chegou a pesar cerca de 90 quilos ela abandonou a medicação. “Nessa viagem que fez para fora de Rondônia escondida seria porque ela também discorda que tenha esquizofrenia e acha que tem bipolaridade”, revela um dos investigadores que monitora o caso.
A pessoa que está desaparecida fazia uso de medicamento controlado até junho do ano passado devido a um surto que ela sofreu em 2020, que a levou a internação por oito dias. Segundo a família, depois da internação a mulher ficou reclusa, cortou contato com amigos, trancou as redes sociais e deixou de frequentar a academia.
As imagens de Susana publicadas nesta reportagem são de data anterior aos problemas relatados pela sua família em Ouro Preto do Oeste. Com relação ao fato de a mulher ser filha adotiva ou biológica, a editoria não entrou no mérito do assunto, por ora, tendo em vista que o foco da publicação de utilidade pública era localizar a pessoa desaparecida.