Estimativa da ONU é de que o mundo ultrapasse 9 bilhões de habitantes por volta de 2037. Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pode contribuir para desacelerar o crescimento da população mundial
(crédito: Luis Nova/Esp. CB/D.A Press)
A população mundial atingiu 8 bilhões de pessoas segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira (14/11). As conquistas em saúde pública, melhorias em saneamento, melhor acesso à agua potável e desenvolvimento de vacinas na última década foram fatores contribuintes para o rápido crescimento populacional. No entanto, o secretário-geral da ONU António Guterres alerta para a necessidade de diminuir as desigualdades. “Se não reduzirmos o enorme fosso entre os que têm e os que não têm, estaremos construindo um mundo de oito bilhões de pessoas repleto de tensões, desconfiança, crises e conflitos”, disse.
António Guterres ressalta que a aceleração da crise climática afeta principalmente os mais pobres. “Estamos na direção de uma catástrofe climática, com as emissões e as temperaturas em contínuo crescimento. Inundações, tempestades e secas estão devastando países que em quase nada contribuíram para o aquecimento global”, pontuou o secretário-geral.
Gueterres espera que os líderes mundiais reunidos COP27 estabeleçam acordos sobre um modelo de compensação aos países do sul global pelas perdas e danos relacionados ao clima. O secretário-geral também defende que os países mais ricos deem apoio financeiro e técnico para ajudar as economias emergentes na transição dos combustíveis fósseis. “Esta é a nossa única esperança para cumprir as nossas metas climáticas”, enfatizou.
Para a ONU, alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pode contribuir para desacelerar o crescimento da população mundial. “A expansão das oportunidades de educação e emprego contribui para o declínio da fecundidade, alterando os incentivos e as intenções em torno do casamento e da procriação. O acesso universal aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, e a proteção dos direitos reprodutivos permitem que indivíduos e casais realizem melhor suas intenções de fecundidade, reduzindo o número de gestações indesejadas e, muitas vezes, levando a níveis mais baixos de fecundidade”, conclui.
(Correio Braziliense)