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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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O que falta para Moraes decidir se libera o X, de Musk, no Brasil

A rede X, antigo Twitter, está suspensa no Brasil desde 30 de agosto, por decisão do STF. Documentos foram entregues nesta quinta (26/9)

Arte sobre fotos coloridas de Alexandre de Moraes e Elon Musk -- Metrópoles

O X (antigo Twitter), de Elon Musk, tem feito uma força-tarefa para entregar toda a documentação exigida e, assim, viabilizar o desbloqueio da plataforma no Brasil. Nesta quinta-feira (26/9), a defesa da rede apresentou uma petição com o registro da plataforma na Junta Comercial brasileira; o registro em cartório para oficializar a advogada Rachel de Oliveira Conceição como representante legal no país; e a comprovação do bloqueio de nove contas de usuários investigados, acusados de cometer crime.

Moraes pediu que, além do X, órgãos do governo apresentem informações. Entre eles estão Receita Federal, Banco Central, Polícia Federal (PF), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Secretaria Judiciária. Todos devem comunicar a situação cadastral da rede social no Brasil, a condição dos bloqueios exigidos por lei, entre outros.

Nessa quarta-feira (25/9), o Metrópoles apurou que a PF e a Anatel já anexaram documentos sobre o acesso de brasileiros à rede social X, suspensa no país pelo STF desde o último dia 30 de agosto.

Agora, o X informou, em petição assinada pelos advogados Fabiano Robalinho Cavalcanti, Caetano Berenguer, André Zonaro Giacchetta, Daniela Seadi Kessler e Sérgio Rosenthal, que “foram apresentados todos os documentos solicitados e requerido o reestabelecimento da plataforma”. Eles pediram ainda o desbloqueio da rede no país.

Como o processo corre em sigilo, ainda não foi possível identificar quais informações foram prestadas de fato. A certeza é que Moraes só decidirá quando tudo estiver disponibilizado.

Multa

Embora o X tenha efetuado o pagamento de R$ 18,3 milhões, referentes a descumprimentos de decisões judiciais, outra multa pode ser uma pedra no sapato da plataforma para o retorno ao Brasil.

A Anatel vai informar ao STF por quanto tempo o “drible” ficou vigente.

Investigações

Na última quinta-feira (19/9), a PF começou a investigar e identificar usuários no Brasil da plataforma X, de Elon Musk, que permaneceram usando a rede social mesmo após o bloqueio, decretado inicialmente pelo ministro Alexandre de Moraes e depois confirmado pela Primeira Turma da Corte.

As pessoas identificadas poderão ser multadas, conforme determina a decisão da Suprema Corte. Moraes impôs multa diária de R$ 50 mil por descumprimento, inclusive pelo uso de ferramentas de VPN, que maquiam a localização do internauta.

Ainda na semana passada, o X ficou acessível no Brasil e a Anatel informou ao Supremo que uma atualização da própria rede “driblou” o bloqueio.

(Metrópoles)

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