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Pais e professores buscam solução no MP por recontratação de professores cujos contratos não foram renovados pela SEMED

O Município de Cacoal enfrenta uma grave crise em salas de aulas causada pela não renovação dos contratos de 60 professores pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED). A exoneração dos profissionais tem gerado grande indignação entre pais, professores, membros do Conselho Municipal de Educação e professores, que agora recorrem ao Ministério Público (MP) em busca de uma solução urgente para evitar maiores prejuízos ao aprendizado dos alunos.

A crise começou quando a SEMED deixou de renovar os contratos dos professores contratados por meio de Processo Seletivo, que poderiam ter sido estendidos por mais um ano. No entanto, o procedimento não foi realizado a tempo, e com a proximidade das eleições, a legislação eleitoral impõe restrições que impedem novas contratações, especialmente porque o atual prefeito é candidato à reeleição. Essa situação criou um impasse, agravando ainda mais a crise educacional no município.

Nas escolas, a ausência dos professores exonerados tem causado caos. Pais relatam que seus filhos enfrentam um ambiente escolar instável, com uma nova professora a cada dia, o que prejudica o aprendizado e afeta o bem-estar emocional das crianças. “Minha filha já teve uma professora diferente todos os dias nesta semana. Isso está afetando não só o aprendizado, mas também o psicológico das crianças”, desabafa uma mãe, cuja filha estuda na Escola Marechal Rondon. Ela e outros pais clamam pela recontratação dos professores, destacando a importância da estabilidade para o desenvolvimento dos alunos.

Preocupado com a situação, o Conselho Municipal de Educação encaminhou documentos ao MP. A instituição argumenta que a SEMED não adotou medidas proativas antes do vencimento dos contratos dos professores, apontando que, se houvesse dúvidas sobre a legalidade da renovação durante o período eleitoral, deveria ter buscado orientação jurídica antecipadamente. “A falta de ação da SEMED criou essa crise, e agora nossas crianças estão pagando o preço,” afirmou um representante do Conselho.

Enquanto aguardam uma resposta do MP, a comunidade escolar de Cacoal espera que seja concedida uma autorização judicial que permita a recontratação dos professores, garantindo assim a continuidade das aulas e o bem-estar dos alunos.

A luta por uma educação de qualidade em Cacoal continua, e a expectativa é que as autoridades competentes tomem as medidas necessárias para resolver essa crise o mais rápido possível, evitando mais danos ao processo educacional e assegurando um ambiente escolar estável e respeitoso.

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