
Depois de uma campanha eleitoral confusa, mas sem baixarias, chegamos à reta final desta campanha eleitoral para escolha dos nossos futuros representantes na Câmara Municipal e no Poder Executivo. São quatro candidatos a prefeito (Vasques – 25; Regina – 27; Fúria – 55; e Jabá – 90) e 226 candidatos a vereadores, os quais estão distribuídos por 17 partidos:
PROS – 05; PTB – 07; Patriota – 10; PT – 10; SOLIDARIEDADE – 11; Democracia Cristã – 12; Podemos – 13; PP – 13; REPUBLICANOS – 13; PDT -15; PSB – 15; MDB – 16; PSD – 16; DEM – 17; PSL – 17; PSDB – 18; PSC – 18.
Como temos 17 partidos e apenas 12 vagas, obviamente cinco desses partidos, no mínimo, não farão nenhum vereador. Em uma primeira análise, tem-se a sensação de que um partido com maior número de candidatos terá chances de eleger alguém, mas essa conta não é simples. Às vezes um partido com 07 ou 10 candidatos pode ter mais votos do que outro partido com 15 ou mais candidatos. Levando-se em conta os partidos que já tem candidatos que são vereadores e alguns que despontam com candidatos que mesmo não tendo sido eleitos em eleições recentes foram muito bem votados, tem-se que os partidos mais cotados para eleger um ou mais vereadores são o MDB, o DEM, o PSD, o Republicanos, o PSDB, o PDT e o PSC. Esses 07 partidos devem eleger entre 06 a 09 vereadores. Os outros dez partidos, juntos, devem eleger os outros 03 a 06 vereadores. Por conta do número muito grande de partidos e candidatos, é pouco provável que algum partido consiga eleger mais de um vereador. Se houver algum que faça dois, esses partidos serão o MDB, o PSD e, talvez, o DEM. Todos os demais partidos farão um ou nenhum vereador.
De acordo com estimativa da justiça eleitoral, a cidade tem hoje 63.487 eleitores aptos a votarem. Para obter uma vaga, soma-se os votos válidos e divide-se por 12. Na eleição passada, o quociente foi de 3.658 votos.
À época, os partidos poderiam coligar-se entre si para as proporcionais. Apesar desse quociente elevado, alguns partidos conseguiram eleger um ou mais vereador com uma soma um pouco menor. Isso acontece em razão de sobras, pois em primeiro lugar as vagas são distribuídas a quem fizer o quociente cheio, mas a repartição das demais cadeiras, caso não sejam completadas por esse critério, fica entre os que mais se aproximaram desse número.
Na eleição passada, os votos válidos para vereadores representaram 71,21%. Com base nesse índice, e se o padrão se repetir ou se aproximar, é possível prever uma média de aproximadamente 45.209 válidos nas eleições deste ano, o que faz com que o quociente para que cada partido eleja um vereador seja de 3.767 votos.
Pelos critérios de repescagem e redistribuição de votos e ainda devido ao fato de que os partidos estão isolados e, no caso de Cacoal, alguns lançaram menos candidatos do que o total permitido por partido, é bem provável que alguns partidos consigam assegurar vagas para seus eleitos com um quociente bem menor (provavelmente algo entre 2.800 a 3.000 votos). Como são 17 partidos disputando 12 vagas, a média de votos por partido seria de 2.640 votos. Esse é o número mínimo de votos com o qual algum partido possa sonhar em eleger alguém em uma hipotética situação em que poucos partidos ultrapassagem a média ou se outros conseguirem muitos votos, mas não o suficiente para que sua sobra não seja superior a esse número.
TODOS EM BUSCA DOS INDECISOS
Neste ano não tivemos nenhuma pesquisa eleitoral em Cacoal, pelo menos até a manhã de quinta-feira e o termômetro para medirmos a popularidade dos candidatos tem sido as redes sociais. É difícil prever quem será o vencedor e, para sermos um pouco conservadores em avaliações, diríamos que os três candidatos a prefeito estão no páreo e a candidata Regina, com o devido respeito, entra nessa disputa apenas para ganhar experiência e ter no currículo a informação de que algum dia foi candidata a prefeita.
Em relação aos outros três, parece-nos, se observarmos a intensa mobilização de ambos os lados, que existe a possibilidade de até domingo a disputa ficar entre Vasques e Fúria, restando ao Jabá a chance de que o eleitor decida, na última hora, optar por não escolher nem Vasques e nem Fúria. Jabá, portanto, representa o candidato da terceira via, como ele mesmo define. Para quem gosta de jogar no bolão escolhendo-se sempre uma opção em que poucos apostam, mas se acertar o resultado, recebe uma grana maior, Jabá é o nome a se apostar.
Em se confirmando a polarização entre Vasques e Fúria, o que vai definir a eleição são os eleitores indecisos, pois no chamado voto consolidado, há uma pequena vantagem para o candidato do PSD, que leva a melhor na captação de votos principalmente do público mais jovem. Vasques leva vantagem entre os eleitores de mais idade, o público mais conservador.
Seja quem for o vencedor, antecipamos nossos votos de sucesso em sua caminhada e fazemos votos que esteja empenhado em deixar a nossa cidade cada vez mais bonita, com conclusão de obras e início de outras, mas também sem se descuidar de áreas vitais como saúde pública, saneamento, educação, meio ambiente, etc.
(Daniel Oliveira da Paixão)