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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Poesia: Noite ensolarada

Noite ensolarada

A meia-noite eu vi
Que o Sol estava quente
Mas quando amanheceu
Eu fiquei muito contente
Pois logo pela manhã
A Lua alegrou nossa gente.

Já era meio-dia da noite
Quando o Sol se escondeu
Vi que a Lua era grande
Maior que o sonho meu
Não vi que nada enxergava
Nada mais não aconteceu.

A coisa é muito séria
Mentir nunca gostei
Também só falo a verdade
Nenhuma mentira falei
Sonhei que ainda dormia
Mas dormindo eu acordei.

Se peixes nadam no céu
E pássaros voam no mar
Tubarões correm no asfalto
Pedalam até engasgar
Se eu fosse um mentiroso
No céu não iria entrar.

Quando a chuva começou
Corri para as plantas molhar
A seca de lama era enorme
De molhar não podia deixar
Quando a chuva passou
A poeira eu fui secar.

Já passava do meio-dia
Quando raiou a manhã
E quando a noite começou
Comi chá de hortelã
Vi uma criança escorregando
Debaixo de um tobogã.

Vi outra criança brincando
Escorregando no balanço
E outra se balançava
Numa cadeira de descanso
Outra brincando na areia
Nadando em cima do ganso.

Uma menininha bem loira
Que tinha cabelos pretos
Era muito sapequinha
Filha de agentes secretos
Quando piscava as orelhas
Sua boca olhava objetos.

Carros voavam no céu
Barcos nadavam no asfalto
Vacas mergulham nos rios
Peixes brincavam no pasto
Borboletas de várias cores
Cavalgavam em um rato.

A natureza é tão bela
Vi isso em um edifício
Pois a fumaça dos carros
Nunca trouxe benefício
Pois ela enche os pulmões
De doença e malefício.

Tornei a olhar os prédios
E fiquei muito contente
Vi neles a natureza
De um povo demente
Que transforma a natureza
Num futuro inconscistente.

Se você não entendeu
Esses versos intermitentes
Sabe que as vezes delírio
Deixo pessoas descrentes
Pois não consegui explicar
Deixei respostas pendentes.

Moiseis Oliveira da Paixão

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