O novo ABIS possibilitará a identificação de até 200 milhões de pessoas com o cruzamento de dados da impressão digital e o reconhecimento facial
Em cerimônia realizada nesta segunda-feira (05/07) na Academia Nacional de Polícia, o Diretor Geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, assinou contrato de aquisição e implementação do novo ABIS (Solução Automatizada de Identificação Biométrica), sistema que possibilitará a identificação de pessoas com coleta, armazenamento e o cruzamento de dados da impressão digital e o reconhecimento facial, de forma precisa e confiável. A solenidade de assinatura do contrato contou com a presença do Sr. Ministro da Justiça e da Segurança Pública.
A atual gestão da PF estabeleceu, como uma das suas prioridades, a modernização da instituição, e a aquisição do ABIS é um passo fundamental nesse sentido. A pretensão de contar com a ferramenta era um projeto antigo do órgão, que tivera pedidos anteriores negados por pendências junto ao Tribunal de Contas da União. Agora, o pedido da PF junto ao TCU foi bem sucedido, o que levou ao destravamento do processo de aquisição, que coloca a PF dentre as melhores polícias do mundo.
O ABIS objetiva atender as necessidades de todo o país e proporcionar a unificação de dados das Secretarias de Segurança Pública, em uma parceria da Polícia Federal com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública, e com os Estados. Essa parceria proporcionará às polícias judiciárias estaduais acesso seguro e eficiente a uma base biométrica nacional.
A Solução está projetada para armazenar, em 48 meses, dados de 50,2 milhões de pessoas, com possibilidade para expansões posteriores que poderão conter dados de até 200 milhões de indivíduos. O ABIS já entrará em funcionamento abastecido com cerca de 22,2 milhões de dados, isso porque o sistema é uma evolução do AFIS (Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais), em uso há 16 anos na Polícia Federal, e referência internacional na identificação de impressões digitais na resolução de crimes, em casos de pessoas desaparecidas, na cooperação internacional e na identificação de corpos, como aconteceu em Brumadinho e nos acidentes aéreos da Chapecoense e da AIR FRANCE. O AFIS ainda disponibiliza serviços de controle de emissão de passaportes, registros de estrangeiros, certidão de antecedentes e identificação criminal. Com o tempo, poderá haver a completa integração com outros modelos de identificação biométrica, como íris e voz.
Além das licenças de softwares que compõem a Solução ABIS, estão sendo adquiridos todo um conjunto de equipamentos modernos composto por estações de cadastramento, estações forenses e dispositivos móveis de coleta, verificação e identificação de alto padrão tecnológico.
Cada um dos Papiloscopistas Policiais Federais terá a sua disposição uma estação portátil ABIS operacional, apta a operar em qualquer unidade da PF, conectada ao ABIS central, permitindo assim, maior agilidade na análise de vestígios papiloscópicos revelados em cenas de crimes.
A impressão digital é a biometria mais usada no mundo, com vantagens de exatidão a um baixo custo e de rapidez na análise dos dados. Além disso, é o método mais adequado para grandes populações. Só no Brasil, a identificação biométrica por impressão digital é usada há mais de 100 anos e conta com grande aceitabilidade social por parte dos brasileiros. Com a aquisição de sistema multi-biométrico, a PF dá mais um passo em direção ao futuro em sintonia com as melhores práticas internacionais.
(Comunicação Social da Polícia Federal).