PRA VOCÊ, PAI.
Luiz Albuquerque
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Hoje escrevo pra você que é pai. Pra você que acabou de sentir a maravilhosa sensação de ser pai, e pra você que, depois de tantos anos, continua vivendo a gratificante obrigação de ser pai.
Pra você que consegue se desdobrar na difícil missão de ser pai e mãe ao mesmo tempo. Pra você que, mesmo sendo mãe, consegue se superar ao cumprir também as obrigações de pai.
Pra você, que trocou sua juventude pela responsabilidade sobre a vida de outro ser, protegendo para não deixar que tropeçasse nos caminhos a seguir, e que renunciou de muitos sonhos para cuidar dos sonhos do outro.
Pra você, que tantas vezes amou mais ao outro que a si próprio e que, ainda assim, não deixou de repreender os erros e de louvar qualquer acerto dele, por menor que fosse.
Pra você, que vê com carinho o crescimento daquele a quem dedicou a vida, sentindo orgulho de suas vitórias e nostalgia pelo distanciamento que isso possa lhe causar.
Hoje escrevo pra você, que vê o filho crescer, se tornar pai e ainda o vê como criança. Pra você, que aconselha mesmo quando não é compreendido nem solicitado. Pra você, que encoraja o filho como se cada novo passo fosse o seu primeiro e mais importante, que sorri mesmo quando corrige, que abre os braços sempre que o filho precisa de acolhida.
Pra você, cujas histórias e brincadeiras alegram a vida do filho e que, mesmo cansado, sempre está disposto a mais uma brincadeira, mais uma graça, mais festa.
Hoje escrevo pra você. E, pra não fugir do trivial, lhe desejo um Feliz Dia dos Pais!