O preço médio da gasolina subiu 8% em uma semana e passou a custar R$ 6,01 em Rondônia, segundo novo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado.
A pesquisa é referente à semana de 5 a 11 de março. Nesse período, o valor médio do litro saltou de R$ 5,56 para R$ 6,01. Esta foi a quarta semana seguida que o preço da gasolina aumentou nos postos do estado.
O valor médio é calculado com base no preço cobrado dos consumidores tanto na capital Porto Velho quanto nos municípios do interior de Rondônia.
Entenda decisão que aumentou impostos da gasolina e do etanol e veja quanto deve ficar o preço
Na contramão da gasolina, o diesel registrou queda pela terceira semana seguida no preço médio. Em 18 de fevereiro, o litro do combustível custava R$ 6,85 e no último dia 11 de março era vendido por R$ 6,59.
Já o valor do etanol também teve uma elevação significativa entre 5 e 11 de março. O preço médio do litro saiu de R$ 4,54 para R$ 4,88, uma alta de 7,50% para o motorista.
Motivo do aumento
A alta no preço médio da gasolina ocorre na semana seguinte à oficialização da reoneração de combustíveis pela equipe econômica do governo federal. A volta dos impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol passou a valer no dia 1º de março.
O tema causou um impasse entre as alas política e econômica do governo. Os ministros Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, explicaram no dia 28 de fevereiro a volta dos impostos federais.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso decida converter a medida provisória em lei.
Na ocasião, Haddad disse que os impactos nas bombas seriam menores, já que a Petrobras havia anunciado a redução nos preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.
Política de preços
Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não só dos valores cobrados nas refinarias, mas também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Os postos têm liberdade para estabelecer os preços cobrados; assim, a queda do preço cobrado pela Petrobras pode demorar – ou nem chegar – às bombas.
A Petrobras tem como política de preços a Paridade de Preço Internacional (PPI). O modelo determina que a estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras, preços compatíveis com os que são praticados no exterior.
G1 RO