O professor da Unir, Ângelo de Oliveira, de 51 anos, que foi covardemente assassinado à marteladas, pelo próprio filho, de 17 anos , na madrugada deste sábado (16), um dia após comemorar o Dia dos Professores, gostava de cuidar de animais que viviam em situação de vulnerabilidade. O crime aconteceu no bairro Flodoaldo Pontes Pinto, em Porto Velho (RO).
“Eu estou chocado com a morte desse professor. Ele era uma pessoa muito boa e agora eu estou preocupado porque ele cuidava de 43 cachorros e meu medo é esses cachorros ficarem abandonados, porque só ele que alimentava e levava veterinários para acompanhar esses animais”, disse Theodoro, emocionado.
O comerciante declarou que a preferência do professor Ângelo, era cuidar de animais que mais precisassem de ajuda. “Na maioria das vezes, ele pegava cachorros que tinham problemas de saúde. Eram cachorros cegos, cachorros com epilepsia”, relatou Theodoro.
O estudante de Engenharia Civil na Unir, Luis Gustavo, também contou a mesma experiência vivida por Theodoro.
Luis foi aluno do professor Ângelo em 2019 na universidade. Ele disse que o professor tinha uma intimidade muito grande com os animais que vivem na universidade.
“Ele [professor Ângelo] dava aula pra gente na quarta-feira na parte da manhã, e sempre entre 9h40 e 10h15, uns gatos iam lá na sala e ficavam miando nos pés dele. Eles só paravam de miar quando o professor saía e colocava comida para eles. Era impressionante”, relembra o aluno.
Uma outra aluna de Ângelo também fez o mesmo relato sobre a relação do professor com os gatos da universidade. “Ele era um amor com os gatinhos. Sempre saia da sala para dar ração”, disse.
Ângelo de Oliveira era professor de Ciências da Computação da Unir, em Porto Velho. Até agora, a universidade não se manifestou sobre a tragédia.
Fonte: RO AO VIVO / OportalRO.com – Fotógrafo: Divulgação