Ouro Preto/RO – Há dois anos e meio foi desenvolvido um projeto e apresentado no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que visa dotar a unidade da Ceplac de Ouro Preto de capacidade para produzir até um milhão de mudas que seriam repassadas posteriormente aos produtores e prefeituras no território regional que abrange mais de duas dezenas de municípios da região central, mas a proposta ainda não recebeu sinal positivo.
Técnicos da estação experimental mencionaram que o projeto está agora na fase de “ajustes”, para que receba aval do MDA. No projeto, o MDA repassa a verba em parceria com as prefeituras gestoras do programa, cada uma com sua proporcionalidade.
Com o projeto em vigor, seria possível introduzir na Ceplac uma “Casa Vegetativa” com capacidade de produzir espécies de árvores que serviria às prefeituras da região para plantio nas margens de rios afluentes, a fim de reviver as matas ciliares, seriamente prejudicadas pela degradação ocasionadas pelo crescimento desordenado do período migratório.
Hoje a Ceplac produz algumas mudas para essa finalidade, mas em escala menor, que não atende a contento a demanda regional. Com o funcionamento do laboratório vegetativo a Ceplac poderia compor com mais prefeituras e instituições no plano de atividades voltadas ao meio ambiente.
O problema do assoreamento das margens de rios importantes para as cidades da região central é gritante. Os dois únicos projetos que trabalhavam programas visando à reversão dessa situação (PGAI-GOP e Agenda 21), foram paralisados no ano passado e sua coordenadora, Wilma do Lago mudou-se para Brasília (DF).
Os administradores que tomaram posse na eleição de 2004 não apresentaram projetos significativos de revigoramento do meio ambiente e proteção à biodiversidade, desinteresse que contribui negativamente para que seja dada continuidade a programas como o de distribuição de mudas por órgãos como a Ceplac.