Muitos brasileiros entraram em ação neste sábado de Jogos Paralímpicos de Paris. Veja os resultados dos atletas do Brasil:
Gabrielzinho e Carol Santiago faturam ouro na nataçãoO brasileiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, voltou a competir na Arena La Défense em Paris neste sábado e venceu a medalha de ouro nos 50 metros costas na classe S2 (limitações físico-motoras). Com o tempo de 50s93, o nadador de 22 anos quebrou o recorde das Américas na prova. Vladimir Danilenko, da delegação dos Atletas Paralímpicos Neutros, ficou com a prata, com o tempo de 57s54. O bronze ficou com o chileno Alberto Caroly Abara Diaz, com 58s12.
“Não sei se tem como falar outra coisa, eu amassei, mas vou falar, amassei de novo, não tenho o que dizer. Foi uma prova fantástica, sensacional, de manhã já tinha sido bom, e eu sabia o que tinha que fazer para acertar e melhorar mais ainda, só que foi um tempo que chama muita atenção, chama muita atenção, foi muito bom, e eu acho que eu não estou nadando, não, eu estou voando, estou flutuando na água”, disse Gabrielzinho.Além de Gabrielzinho, a pernambucana Carol Santiago também conquistou a medalha de ouro. Ela foi campeã dos 100m costas S12 (deficiência visual), com o tempo de 1min08s23. A brasileira quebrou o recorde das Américas, que já era dela.
Com a medalha, Carol se igualou a Ádria Rocha Santos como as atletas brasileiras com mais ouros na história dos Jogos Paralímpcos. Esta foi a sexta medalha de Santiago, que já haviatrês ouros, um bronze e uma prata em Tóquio 2020.
O brasiliense Wendell Belarmino, de 26 anos, conquistou a prata nos 50 metros livre S11 (destinada a atletas com deficiência visual), com o tempo de 26s11, o mesmo do chinês Dongdong Hua. O ouro ficou com o japonês Keiichi Kimura, com o tempo de 25s98. Na mesma prova, o catarinense Matheus Rheine terminou em oitavo lugar, com o tempo de 26s93.
O paulista José Ronaldo ficou com o 4º lugar nos 50m nado costas S1, para atletas com limitações físico-motoras. Ele fez tempo de 1min17s24.
Fernanda Yara conquista medalha de ouro no atletismo
A paraense Fernanda Yara conquistou a medalha de ouro nos 400m T47 (deficiência nos membros superiores), realizando seu melhor tempo pessoal na prova: 56s74. Ao seu lado no pódio, esteve a potiguar Thalita Simplício, que conquistou o bronze, com tempo de 57s20, também sua melhor marca pessoal. Ambas as atletas faturaram uma medalha em Jogos Paralímpicos pela primeira vez.
A potiguar Thalita Simplício conquistou neste sábado a medalha de prata nos 400 metros T11 (deficiência visual quase total ou total). Com seu guia Felipe Veloso, a brasileira de 27 anos chegou na segunda colocação com o tempo de 57s21, sua melhor marca na temporada.
A medalha de ouro foi para Lahja Ishitile, da Namíbia, que fez o tempo de 56s20, quebrando o recorde paralímpico da prova. A chinesa Shanshan He conquistou o bronze, com 58s25.
“Eu não vou negar, eu queria muito esse ouro. A gente treina muito, eu estou com muita dor nesse fim de ciclo”, disse Thalita, em entrevista à Rede Globo.
O turco Serkan Yildirim ficou com o ouro cravando o tempo de10s70, enquanto Malone Noah, vice-campeão em Tóquio, repetiu o resultado chegando apenas um centésimo de segundo atrás, 10s71.A baiana Edneusa Santos terminou a final dos 1500 metros da classe T13 (deficiência visual) na 11ª colocação, com o tempo de 5min16s28. Foi o melhor tempo dela na temporada nesta disputa. Ela ainda participa da maratona, sua prova principal, nos Jogos de Paris.
Nos 400m classe T47 (amputados de braço), Fernanda Yara cruzou a linha de chegada na primeira colocação e conquistou o primeiro ouro paralímpico da carreira. A paraense completou a prova em 56s74.
A outra brasileira que disputou a prova, Maria Clara Augusto, ficou com o bronze ao cruzar a linha de chegada em 57s20.
No lançamento de dardo classe F57 (competição sentada), Cícero Nobre conquistou o bronze ao atingir a marca de 49,46m. Essa é a segunda medalha paralímpica do paraibano, que também ficou em terceiro lugar em Tóquio 2020.
Verônica Hipólito e Samira Brito se classificaram para a grande final dos 200m classe T36 (paralisados cerebrais). A primeira cravou 30s80, terminando em quinto. Já a segunda fez 30s96 para ficar com o sétimo tempo. A final acontece neste domingo, às 7h31 (de Brasília).
O fluminense Felipe Gomes não se classificou à final dos 400m T11 (deficiência visual). Ele terminou sua bateria na quarta colocação, com o tempo de 52s85. Apenas o vencedor de cada bateria, e os dois melhores tempos, avançavam à decisão.
Fim da fase de grupos do golbol
As Seleções masculina e feminina do Brasil entraram em ação neste sábado para a última rodada da fase de grupos do golbol nos Jogos Paralímpicos de Paris. Os homens empataram em 7 a 7 com o Irã, enquanto as mulheres foram derrotadas pela China por 3 a 1.
Ambas as equipes brasileiras descansam neste domingo enquanto aguardam seus adversários nas quartas de final da modalidade, que estão previstas para acontecerem a partir desta segunda-feira, na Arena Paris 6.
No golbol masculino e feminino, todas as seleções se classificam para o mata-mata. O formato de disputa da modalidade nas Paralimpíadas prevê o cruzamento do primeiro de uma chave contra o quarto da outra, e do segundo contra o terceiro.
Último dia do Taekwondo
Este sábado marcou o último dia do taekwondo nos Jogos Paralímpicos de Paris. O mineiro Claro Lopes, da categoria até 80kg, ficou de fora da disputa por medalhas ao perder nas oitavas de final para o croata Nikola Spajic, por 20 a 5.
A paulista Débora Menezes, da categoria acima de 65kg, bateu a espanhola Dalila Santiago, por 17 a 15, avançando para as semifinais. Entretanto, nesta fase, ela foi derrotada pela uzbeque Guljonoy Naimova, por 9 a 3. Na disputa pelo bronze, a brasileira perdeu para a marroquina Rajae Akermach, por 24 a 15.
Dois bronzes no tênis de mesa
Danielle Rauen e Bruna Alexandre foram derrotadas pelas australianas Li Na Lei e Qian Yang nas duplas WD20. Cláudio Massad e Luiz Felipe Manara perderam para os chineses Chaodong Liu e Yiqing Zhao nas duplas MD18.