A população de Rondônia precisa se
prevenir das Infecções Sexualmente Transmissíveis, as ISTs, como HIV,
sífilis, gonorreia, HPV e hepatites. Mais de 140 casos de HIV foram
notificados no estado, apenas nos seis primeiros meses do ano passado.
Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 5.700 moradores do
estado, nos últimos 20 anos. Os dados são do último Boletim
Epidemiológico HIV/Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, todos os dias,
ocorrem 1 milhão de novas Infecções Sexualmente Transmissíveis no mundo e
a maior preocupação das autoridades em Saúde brasileiras é com os
jovens.
As ISTs podem ser prevenidas com uso de preservativo. No entanto, esse
cuidado está diminuindo entre as pessoas de 15 a 29 anos. O alerta é do
Ministério da Saúde.
A negligência no uso de preservativo é um dos fatores que pode
contribuir para o aumento das Infecções Sexualmente Transmissíveis entre
os jovens, como explica Angélica Espinosa Miranda, coordenadora geral
de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da
Saúde.
“As pessoas precisam saber que podem
estar correndo o risco de se expor à uma IST, que podem se contaminar e
que podem procurar o serviço de saúde para fazer o diagnóstico e para
fazer o tratamento. São infecções, então muitas vezes, a pessoa não vai
ter nenhum sintoma aparente. E mesmo que não ache, deve usar o
preservativo em toda relação sexual.”
Além do HIV e da Aids, o estado de Rondônia registrou 426 casos de
sífilis, no primeiro semestre do ano passado, e nos últimos 10 anos
foram 3.708 casos registrados. As hepatites virais mataram mais de 640
pessoas no estado, de 2000 a 2017.
Em todo país, o tipo C da hepatite é o mais prevalente e letal, com 26.167 casos notificados, no último ano pesquisado.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que, em um ano, em todo Brasil, mais de 158 mil pessoas contraíram sífilis. Além disso, cerca de 900 mil pessoas convivem com o HIV, no país. Dessas, 135 mil provavelmente não sabem que têm a doença. De acordo com dados oficiais, a maioria dos casos de infecção pelo HIV é registrada na faixa de 20 a 34 anos, em todos os estados.
A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs. O uso do preservativo é um hábito que precisa ser constante, durante todo o ano, como ressalta diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“E a gente coloca um jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis das hepatites do HIV Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso do preservativo”.
Este ano, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de preservativos para todo o país. A quantidade representa um aumento de 12% em relação ao número de preservativos distribuídos no passado, quando foram enviadas 509,9 milhões de preservativos aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do Sistema Único de Saúde, o SUS, contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. (Agência Rádio)