É uma excelente oportunidade para inserção profissional e uma honra para o SENAI”, comentou o diretor regional, Alex Santiago
O mercado de trabalho vive em constante transformação e em Rondônia não é diferente. Se existe demanda industrial para qualificação de mão de obra, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que já atende cerca de 80% dos 52 municípios rondonienses, é a instituição balizada para profissionalizar, até 2025, nada menos que 53 mil pessoas.
O diretor regional do SENAI-RO, Alex Santiago, explica que esta é mais uma entrega da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no que concerne à necessidade do monitoramento do segmento industrial brasileiro relacionado à formação da sua mão de obra.
“Quando saímos do universo nacional para o estadual, percebemos em Rondônia várias oportunidades para formação e inserção de pessoas no mercado de trabalho. Até 2025 são 53 mil vagas, é um número significativo e voltado para o atendimento às mais diversas áreas do segmento industrial, que vão desde logística, metalmecânica, madeira e imobiliários, alimentos e bebidas, este último um setor, cuja demanda é de aproximadamente dez mil vagas, segmento este que dialoga com o DNA do estado no que diz respeito ao seu PIB. Inclui ainda as áreas automotivas, vestuário, eletroeletrônica, ou seja, são demandas para as quais o SENAI Rondônia está preparado para atender a todo o estado, de forma presencial ou remota, levando educação profissional através do Programa SENAI Vai Até Você”, disse Santiago.
Mapa do Trabalho
Sobre a projeção do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país, Alex Santiago confirma que 78% das formações serão voltadas ao aperfeiçoamento. O estudo diz que em volume, ainda prevalecem as ocupações em nível de qualificação, que respondem por 74% do emprego industrial no Brasil hoje. Contudo, pontua Santiago, chama atenção o crescimento das ocupações de nível técnico e superior, que devem seguir como uma tendência. Isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem especialistas com maior nível de formação, que saibam executar tarefas e resolver problemas mais complexos.
Os números do Mapa do Trabalho são obtidos mediante busca ativa ao segmento industrial, via seus sindicatos patronais. Desta forma, o planejamento de curto, médio e longo prazo do segmento, são conectados às necessidades de formação de mão de obra. O resultado é então consolidado para o SENAI, que prepara para as indústrias os profissionais em atendimento às demandas dos setores produtivos.
As áreas com maior demanda por formação são: Transversais, Alimentos e Bebidas, Logística e Transporte, Construção e Metalmecânica. As ocupações transversais são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo.
Portfólio do SENAI
Ainda segundo Santiago, o SENAI está preparado e conta com um portfólio aderente à demanda, com equipamentos novos, a exemplo de Kits didáticos, contêineres e carretas atualizados, que podem chegar a qualquer localidade de Rondônia e deixar estes municípios plenamente atendidos no quesito formação profissional.
“É uma excelente oportunidade para inserção profissional e uma honra para o SENAI”, comentou o diretor regional, reforçando que a Instituição está preparada para atender a mais este chamamento. Digo preparado, não apenas sob o ponto de vista material, mas principalmente em termos da qualidade do ensino, sendo uma das três melhores instituições no Brasil, dentro da rede SENAI em termos de qualidade da educação profissional e de inserção de seus egressos no mercado de trabalho, comprovando a eficiência, eficácia e a efetividade dos nossos programas”, garante Alex Santiago.
O diretor regional do SENAI-RO acrescenta que “o nosso modelo é o mesmo das demais regiões do país. Por exemplo, nossos tutores são excelentes profissionais de Rondônia, bem como também de São Paulo, Goiás e Santa Catarina. Possuímos uma mescla que faz com que o aluno aprenda de todas as formas, porque trazemos educação de qualidade, que dá ao estudante um certificado que garante sua atuação em qualquer estado do país ”, falou.
Para Santiago, chama a atenção demandas também nos segmentos de eletricidade, operação de máquinas, manutenção mecânica sem perder de vista o controle da produção. “São programas que atuam na matriz industrial do estado e trazem em si a necessidade de atualização. Porque quando se fala em eletrônica, é cada vez mais premente sua aplicação a exemplo da eletrônica embarcada, que no SENAI tem aplicação em braços robóticos utilizados pelos alunos. Então, não adianta se o aluno não entende como essa eletrônica se aplica à indústria. Eu diria que são demandas importantes para as quais o SENAI Rondônia está apto para atender a qualquer uma delas”, garante.
Ele também cita que as mudanças no mercado de trabalho se devem principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva, ou seja, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e qualificação para que os profissionais estejam atualizados.
De acordo com o diretor regional do SENAI-RO, o estudo é pertinente, porque traz à pauta estimativas e cenários econômico, tecnológico e de oportunidades de emprego. “O SENAI, como principal instituição formadora em ocupações industriais no país, tem experiência reconhecida e comprovada para prover a demanda de cursos, em sintonia com as necessidades por mão de obra do setor produtivo. Concordo com a opinião do diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, e também reconhecemos que a recuperação do mercado formal de trabalho será lenta em razão da retomada gradual das atividades econômicas no pós-pandemia. Ele defende ainda que para melhorar o nível e a qualidade do emprego e contribuir para o progresso tecnológico e aumento da produtividade nas empresas, será indispensável priorizar o aperfeiçoamento de quem está empregado e de quem busca novas oportunidades”, pontuou.
O SENAI, afirma Santiago, tem como filosofia a entrega com qualidade. “Tanto é verdade, que existe um conjunto de indicadores acompanhados pelo Tribunal de Contas da União. Não existe a questão do formar apenas por formar. Para o Departamento Nacional e para o nosso regional, a formação profissional pressupõe ter egressos inseridos no mercado de trabalho. Não queremos realizar cursos que não tenham aderência ao segmento industrial. Nossa finalidade está centrada em programas com conteúdo técnico para que o aluno possa se sentir apto a conquistar sua vaga no mercado de trabalho, dentro ou fora de Rondônia”, pontuou.
“Ao SENAI compete”, complementa Santiago, “não apenas a formação profissional, mas ainda levar soluções tecnológicas para que a indústria atue cada vez mais com eficiência. Estas informações quando levadas às indústrias também retroalimentam os nossos programas de formação profissional dentro daquelas linhas de atuação e solução, e desta maneira, quando este aluno chegar à indústria, ele estará ainda mais atualizado com as necessidades industriais. A ideia é preparar com qualidade. Este é o nosso foco”, finalizou. (Imprensa/FIERO)