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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Sofri um ghosting, e agora?

Especialista explica o que é o termo, porque as pessoas fazem isso e como lidar

 

Criado no início dos anos 2000, ghosting é um termo coloquial originado do inglês, derivado da palavra ghost, que significa “fantasma” em português. Ele é usado para designar o término de um relacionamento com uma pessoa sem explicações ou aviso prévio e, posteriormente, ignorar toda e qualquer tentativa de contato ou comunicação feita por essa pessoa.

Com todo o desenvolvimento da internet e a inovação, o ser humano é exposto a novas contingências e situações. Em  2010, a mídia reportou um aumento no ghosting, atribuído ao uso de mídias sociais e aplicativos de namoro. Se, por um lado, através das redes sociais, o ser humano consegue alcançar mais pessoas e ter mais possibilidades de viver e se relacionar, por outro, ele continua inseguro, medroso, com baixa autoestima e isso é acoplado à tecnologia e a novos relacionamentos.

O “sumiço” pode ocorrer quando se tem um relacionamento afetivo ou um  outro tipo de relação , sem envolver o lado afetivo. Em ambos os casos, isso caracteriza uma falta de empatia em para a   outra pessoa , embora relações virtuais costumam ser superficiais e sem compromisso. Priscilla Souza, psicóloga comportamental, explica que a causa mais comum para que a pessoa decida simplesmente “sumir” é evitar desconforto emocional no relacionamento. “Alguém que dá ghosting geralmente não consegue se colocar no lugar em relação à maneira como a outra pessoa se sentirá” – explica a especialista.

No que diz respeito à amizade, desaparecer pode não ser tão comprometedor, no entanto, o ghosting em um relacionamento afetivo pode afetar mais, uma vez que um acordo foi estabelecido. A psicóloga explica que existe dificuldade da pessoa em lidar com a situação. “A pessoa não tem coragem de olhar no olho e dizer que não quer mais. São medos de não honrar a palavra e a busca sempre pelo caminho mais rápido, mais fácil e sem comprometer”- completa a especialista. Confusão, por não saber o que aconteceu e justificação, ao buscar os motivos porque aquela pessoa “sumiu” são algumas das etapas de quem passa por um ghosting. Além disso, certas consequências podem ser desenvolvidas: a pessoa pode evitar abertura a outros no futuro.

Além do ghosting, existem outras práticas nocivas e semelhantes: o breadcrumbing, que é o envio de mensagens esparsas apenas para manter a pessoa interessada, mesmo sabendo que não existe mais vínculo. O orbiting descreve aquele que não mantém vínculos, no entanto fica “orbitando” o parceiro através das  redes sociais, sem interagir com o mesmo

Souza atenta para que nestes casos, a pessoa reflita sobre suas ações e tente vê-las através dos olhos da pessoa dispensada. Isso pode ajudá-lo a acabar com o hábito e gerar mais empatia. Além disso, é importante trabalhar a comunicação, mesmo quando os assuntos forem difíceis ou desconfortáveis. Por fim, procurar um psicólogo pode ajudar a melhorar no relacionamento com as pessoas.

 

(Fonte: Mengucci Imprensa e Mídia)

 

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