O prefeito Adailton Fúria participou de uma reunião na tarde desta terça-feira com cafeicultores do Município e entidades representativas de classes, como Associação Rural e Fetragro, para debater exigências do Ministério do Trabalho (MPT) que, segundo os produtores, acabam por tornar a colheita do café onerosa demais e inviabilizar a atividade na região.
Sensibilizado com a situação, o prefeito afirmou que vai defender junto a essas entidades e ao Ministério Público do Trabalho um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para este ano, até que haja tempo para que os produtores possam se ajustar a essas exigências, ao mesmo tempo em que no âmbito do legislativo seja rediscutida essa legislação demasiadamente burocrática.
Na visão do prefeito, é importante o respeito aos trabalhadores, que precisam ter condições adequadas de trabalho, mas a remuneração na colheita do café sempre foi feita por produtividade e exigir dos produtores que tenham de firmar contrato trabalhista vai inviabilizar completamente a produção no município, conhecido como a Capital do Café.
“O excesso de burocracia fará com que muitos produtores de café abandonem a atividade, pois a margem de lucro é quase inexistente. Além disso, a colheita de café é algo temporário e tradicionalmente o pagamento aos coletores sempre ocorreu por produção e não é justo que, de uma hora para outra, venha o Ministério do Trabalho e exija o cumprimento de regras que torne o custo de produção superior ao preço em que o produtor irá receber ao vender o seu produto”, afirmou.